Após confirmar participação na Extreme E, McLaren segue avaliando entradas na Fórmula E e no WEC

Zak Brown busca categorias que cumpram critérios "estratégicos, operacionais e econômicos" da marca

McLaren logo

Após confirmar a entrada na Extreme E a partir de 2022, a McLaren Racing afirmou que ainda não tomou uma decisão final sobre se juntar ao grid da Fórmula E, mas diz que essa e uma potencial entrada no programa da classe LMDh do Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) "seguem sob avaliação".

Em janeiro, a marca britânica assinou um acordo com a Fórmula E que garante a ela uma vaga no grid para a temporada 2022-23, quando o grid passará a usar o carro Gen3, caso opte por entrar.

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Enquanto o CEO da McLaren Racing, Zak Brown, se encontrou com os chefes do campeonato na rodada dupla de Diriyah, na Arábia Saudita, em fevereiro, o assunto acabou perdendo força.

Isso veio apesar do anúncio da McLaren de que passará a integrar o grid da Extreme E em 2022, com Brown citando a popularidade da categoria como um fator fundamental para acelerar o anúncio.

Perguntado se essa entrada em um campeonato elétrico viria às custas da possível entrada na F-E, Brown disse: "Ainda não tomamos uma decisão final sobre isso ainda".

A McLaren Racing afirmou que se juntou à Extreme E com base em "uma avaliação detalhada da categoria", que cumpriu uma série de critérios "estratégicos, operacionais e econômicos".

Esse processo é similar ao que vem usando para tomar uma decisão sobre a entrada na Fórmula E, além de um interesse na classe LMDh, que permitiria à marca competir simultaneamente no WEC e na IMSA.

Falando mais sobre ambos os casos, Brown disse: "Nossa opção [F-E] segue até o fim do ano. Queríamos fazer esse anúncio [XE] para ver qual atividade cria com nossos fãs e no mercado".

"Então WEC e Fórmula E seguem sob avaliação e esperamos ter uma direção sobre ambos até o fim do ano. Cada categoria do automobilismo possui diferentes atributos e razões que podem ou não caber dentro do que esperamos do portfólio da McLaren Racing".

"Ainda não tomamos uma decisão sobre essas duas categorias".

Desde que a McLaren confirmou seu acordo com a F-E, a possibilidade de um acordo com a Andretti Autosport ganhou força. Isso vem após a equipe americana perder o apoio da BMW, com a montadora alemã pronta para sair da categoria no final da temporada atual, mantendo o fornecimento dos trens de força por mais um ano.

Brown tem ligações com a Andretti Autosport através de sua equipe United Autosports, em parcerias na Extreme E e no Supercars da Austrália.

Mas com o primeiro prazo de registro para montadoras para a era Gen3 vencendo em 31 de março, a McLaren Racing teria acesso tardio aos dados da FIA dos fornecedores Williams, Hankook e Spark Racing Technology.

Isso indicaria que uma potencial ligação da McLaren com a Andretti obrigaria à entrada de um terceiro parceiro para fornecer os trens de força. Após um 2020 turbulento, a McLaren conseguiu um empréstimo de 150 milhões de libras (aproximadamente R$1 bilhão) do Banco Nacional do Bahrein e vendeu uma cota de ações no valor de 185 milhões de libras (R$1,3 bilhão) para o consórcio americano MSP Sport Capital.

Mas Brown insistiu que o Grupo McLaren está em uma forma financeira bem melhor caso decida iniciar qualquer novo programa de automobilismo.

"Nossa situação financeira na McLaren Racing está bem forte, 100%. Claro, precisamos ter prudência e visar um retorno de investimento em qualquer lugar que gastarmos".

"Mas sim, financeiramente estamos saudáveis, o que nos permitiu sermos competitivos na Fórmula 1, nos permitiu olhar para a Indy, nos permitiu entrar na Extreme E. A força da McLaren Racing é boa e são temos bem animadores por aqui".

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