Buemi: guerra de software na F-E é igual à aerodinâmica da F1
Piloto da Nissan e.dams, Sebastien Buemi considera que as atualizações de software na categoria agora são equivalentes à guerra pelo desenvolvimento na aerodinâmica da F1.
As novidades nas peças do trem de força são congeladas por regulamento a partir do momento em que as equipes homologam a tecnologia antes de cada temporada, mas o software é aberto para que as equipes introduzam novas variações.
Quando questionado pelo Motorsport.com se as atualizações de software introduzidas na F-E são similares à guerra aerodinâmica da F1, Buemi disse: “Exatamente, sim. Completamente.”
“Vocês sabem que a parte de hardware é toda mais ou menos congelada quando entramos em uma nova temporada, mas há tantas coisas que podemos fazer no software.”
“Isso ajuda tanto na gestão da energia ou em performance durante uma volta. Há muitas coisas que podemos tentar para deixar o carro mais rápido.”
“Em algum momento, claro, permanece um meio termo entre ter o melhor acerto possível na mecânica do carro. Mas o sistema e o software são quase a maior ferramenta de performance que temos hoje.”
“Então, trabalhamos muito nisso e continuamos melhorando o carro ao acrescentar novos sistemas durante a temporada, então, sim, é possível comparar muito claramente [à questão aerodinâmica da F1].”
As equipes da F-E podem introduzir novidades no hardware dos trens de força após a homologação, mas somente “para o propósito de melhorar a confiabilidade ou a segurança e que sejam aprovadas pela FIA após uma consulta completa com as outras fabricantes”, diz o regulamento técnico da atual temporada.
Buemi, campeão da temporada de 2015/2016, também destacou a necessidade das equipes na avaliação das novidade de software para evitar cometer erros.
Uma mudança no software foi a causa de um problema na equipe Techeetah na classificação para a etapa de Nova York, quando Jean-Eric Vergne e Andre Lotterer extrapolaram o limite de potência permitido devido a um erro.
“Em determinado momento, é importante parar e garantir que tudo que temos está funcionando bem e que não tentemos trazer novidades de forma constante”, disse Buemi.
“É muito fácil cometer um pequeno erro no software ou na codificação, e aí o carro para no meio da pista.”
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