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Piquet dispara contra 'áreas Mario Kart' da F-E: “besteiras”

Piloto da Jaguar fala de expectativas para prova do próximo final de semana com novidades no regulamento: “vai ser importante evitar erros”

Nelson Piquet Jr., Jaguar Racing, Jaguar I-Type 3

A temporada 2018/19 da Fórmula E começa no próximo final de semana na Arábia Saudita. Será o início de uma nova era no campeonato, já que um novo carro será estreado e o regulamento apresentará algumas novidades.

A troca de carros, antes obrigatória, a partir deste ano não existirá mais. Os pilotos terão um carro – sensivelmente mais veloz que os da primeira geração – e um jogo de pneus apenas para fazer a corrida.

Além disso, a Fórmula E – querendo deixar as corridas mais emocionantes – anunciou que as pistas terão ‘áreas de ataque’ fora do traçado, algo que foi referenciado como 'Mario Kart', devido a similaridade com os boost presentes no clássico jogo de vídeo game.

Perguntado pelo Motorsport.com como lidar com as novidades, Nelsinho Piquet - primeiro campeão da história do mundial elétrico - ressaltou que a prioridade vai ser evitar erros neste primeiro momento, entretanto deixou claro que não concorda com as tentativas do mundial de fazer as provas serem mais emocionantes.

“É difícil falar como vai ser”, iniciou o piloto da Jaguar.

“Acho que com o regulamento novo vai ser importante evitar erros em procedimentos novos e entender tudo o mais rápido possível. Entender esse Mario Kart que inventaram, essa área de ataque, essas besteiras aí...”

“Precisamos tentar evitar estes erros bestas no começo. Obviamente não podemos bater o carro, né. Vai ser muito mais crítico isso neste ano do que no ano passado, porque o carro anda mais, vai ser mais difícil, mas você tem um carro só e não tem pit stop. Então, se você bater feio na tomada de tempo, tem grandes chances de você não conseguir fazer a corrida, e também se você bater forte no treino, tem grandes chances de você não conseguir fazer a tomada. Então, tudo isso conta bastante.”

Perguntado especificamente sobre as novas áreas de ataque, o brasileiro preferiu não ser direto.

“Eu sou piloto, eles são promotores”, disse.

“Eu faço a minha parte e eles fazem a parte deles. Me dê o regulamento, fala o que tem que fazer e a gente tenta fazer o melhor possível com o que temos. Eu não me meto, não.”

Nelsinho também se preocupa com o fato de os carros serem mais rápidos e as pistas serem iguais. Para ele, isso pode prejudicar disputas durante as corridas.

“Talvez tenhamos menos ultrapassagens pelo carro ser um pouco mais rápido”, reconheceu.

“As pistas são iguais, os carros são mais largos e temos que tomar mais cuidado com o carro. Não podemos encostar tanto porque não trocamos de carro no meio da prova. Tem muito mais carenagem e o carro está mais frágil agora.”

“Mas com certeza a porcentagem de ultrapassagens vai ser menor que a do ano passado.”

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