“Vai ser um perrengue correr nesse calor de 35ºC”, diz Castroneves
Brasileiro evita pensar na chance de ser o maior vencedor da Indy 500 se ganhar domingo: “A gente não pode ficar pensando no final"
A Indy 500 é uma corrida de proporções tão gigantescas, que qualquer piloto que vença no domingo terá “feito história”. Mas só um deles realmente está batendo na porta da História com H maiúsculo: o brasileiro Helio Castroneves, tricampeão da corrida mais tradicional da história da Fórmula Indy.
Se o piloto da Penske ganhar novamente, ele será o único não americano a entrar no panteão dos maiores vencedores da corrida, ao lado de AJ Foyt, Al Unser e Rick Mears.
“Isso é muito gratificante. É uma oportunidade única e estou honrado de estar nessa oportunidade. A equipe conquistou 15 vezes já nesta situação. Para mim, é uma honra estar nesse momento e espero que a gente possa conseguir conquistar esse objetivo”, disse ele ao TotalRace na garagem da Penske logo após o Carburation Day desta sexta-feira.
Logo a seguir, porém Castroneves fincou os dois pés no chão, deixando claro que afasta pensamentos no litro de leite tradicionalmente oferecido ao vencedor da corrida. “A gente não pode ficar pensando no final. Temos que pensar sim em o que fazer para chegar nesse final feliz. E foi isso que a gente fez neste mês todo”, declarou ele, ressaltando o trabalho desenvolvido pela Penske em maio.
Especificamente sobre o desempenho do carro nesta última sessão de treinos antes da largada, ele se disse “muito contente”. De acordo com o piloto, “o carro hoje foi bem parecido com o que a gente veio testando nos últimos dias, até melhor um pouquinho”.
Helinho lembrou que a pressão do turbo em 1.3 e não 1.4 “vai favorecer um pouquinho a Honda”, mas acredita que o efeito dos carros andando no vácuo durante a corrida vão minimizar essa desvantagem.
A fabricante de motores japonesa modificou o ajuste do turbo antes da etapa de São Paulo, o que gerou protesto da Chevrolet. Mas a organização da Indy anunciou na terça-feira que irá manter a pressão do turbo de todos os motores que serão usados nas 500 Milhas de Indianápolis em 1,3 bars.
Quanto ao risco de quebra dos novos carros, que ainda não competiram um evento de 500 milhas na temporada 2012, o brasileiro admite que “é uma incógnita”.
Mesmo assim, esbanja confiança no equipamento que tem à disposição. “Vai ser um teste para todas as equipes. Os motores já andaram perto de 1.800 milhas no processo de classificação e esse motores são praticamente novos. Como o oval força muito mais o motor, isso pode ser uma novidade para muitas equipes ou fabricantes. A Chevrolet tem feito um trabalho muito bom juntamente com a Ilmor e eles não estão preocupados nesse sentido.”
O que mais preocupa, na verdade, é um fator que foge completamente do controle dos times e pilotos: “Vai ser um perrengue nesse calor de 35ºC aí”.
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