Entrevista

Promessa no kart, Collet busca evolução em equipe de ponta

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, jovem de apenas 14 anos fala sobre perspectivas para campeonato e da carreira de piloto profissional

Caio Collet
Caio Collet
Caio Collet
Caio Collet e Nicolas Todt
Caio Collet
Caio Collet
Caio Collet

No próximo fim de semana começa o Campeonato Europeu de Kart, na cidade de Zuera, na Espanha e, dentre os representantes brasileiros, estará na pista aquele que em 2015 foi considerado o melhor novato: Caio Collet.

A jovem promessa de 14 anos conversou com o Motorsport.com antes de embarcar para o local das provas e falou sobre as perspectivas para o campeonato.

Quando perguntado sobre os objetivos, já que com a sexta colocação em 2015 ele foi considerado a grande revelação, Collet preferiu não se colocar como favorito: "espero melhorar o resultado do ano passado e ficar entre os cinco primeiros do campeonato."

O ano de 2016 trouxe novas perspectivas a Collet, que ainda cursa o nono ano na escola. No começo deste ano ele foi confirmado como piloto da Birel ART Racing, braço da ART, que possui equipes nas principais categorias de base do mundo e também no DTM.

"No final do ano passado me chamaram para ser piloto de fábrica. Fui para a Itália para conhecer a sede e ouvir a proposta deles. No início desse ano nós acabamos assinando com eles."

Além de ser ligado com a ART, o time tem no comando de Nicolas Todt, filho de Jean Todt, presidente da FIA, e que também é empresário de pilotos, entre eles, Felipe Massa. Perguntado se esse foi um fator preponderante para aceitar a proposta da equipe, Collet não titubeou.

"Achei muito interessante a ART ter todas essas vertentes, como na F3 europeia, Fórmula Renault, GP2, GP3 etc. Esse foi um dos principais motivos da gente entrar, já que você vê que tem todas essas possibilidades para seguir."

Adaptações

Com inúmeros títulos dentro do Brasil e com bons resultados fora do país - como a terceira colocação no mundial - Collet falou sobre a adaptação e a maneira que seus novos concorrentes se comportam na pista.

"Na Europa, a cada dez pilotos, oito são rápidos, enquanto que aqui no Brasil, a cada dez, três são competitivos. Além disso, se alguém te bater e você não der alguma resposta, se impor, isso nunca vai acabar. No Brasil isso é mais relevado."

Além de concorrentes que querem marcar território de qualquer maneira, o piloto também destacou outra grande diferença entre o kart nacional e europeu.

"A quantidade de pilotos em um evento na Europa é muito maior do que no Brasil. Aqui você tem 20, no máximo 30 carros. Chegando na Europa, vi a lista de inscrição e ela não acabava mais."

Mudança para monoposto

Assim como a maioria dos pilotos em início de carreira no kart, Collet sonha com a F1. Para isso ele ainda precisa fazer a trasição para um carro de fórmula. Ele prevê que no próximo ano já poderá ter sua primeira experiência em um monoposto. Essa futura mudança não o deixa inseguro, além de citar um fator que difere - e muito - a maneira de pilotar um kart e um fórmula.

"Acredito que no monoposto você tem mais tempo para pensar, com retas mais longas. No kart as curvas estão muito em cima da outra."

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Kart
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