Yamaha será única fornecedora de motor e chassi da Moto3 a partir de 2028

A Yamaha será a fornecedora exclusiva de motor e chassi da Moto3, a partir de 2028, apurou o Motorsport.com.  Dorna, detentora dos direitos da competição do Mundial de Motovelocidde, vem considerando agitar a divisão inferior há algum tempo, com a clara intenção de reduzir custos para as equipes, muitas das quais estão lutando para arcar com as despesas de uma temporada que fica mais longa a cada ano.

Isso explica a revolução que vem acontecendo na Moto3 há algum tempo e que culminará em 2027, quando os protótipos atuais serão abandonados em favor de novas motos, no papel muito mais simples.

Atualmente, as unidades são equipadas com motores KTM ou Honda monocilíndricos de 250 cc, com um preço máximo estabelecido por regulamento de € 60.000 — incluindo seis motores. O limite para o chassi é de € 85.000. São valores excessivamente altos e, dada a nova natureza das motocicletas, deveriam ser consideravelmente menores.

Embora vários candidatos estivessem disputando a posição de fornecedor único, o Motorsport.com apurou que a Dorna optou pelo projeto da Yamaha e já informou aos demais concorrentes. O acordo é firme e deve ser finalizado nos próximos dias.

Em linhas gerais, este percurso é caracterizado pelo novo motor bicilíndrico de 700cc, que passará por uma série de modificações que o diferenciarão da R7, com a qual a marca já tem alguma experiência.

Adrian Fernandez, Leopard Racing, Maximo Quiles, CFMOTO Aspar Team, Joel Kelso, MTA Team

Photo by: Gold and Goose Photography / LAT Images / via Getty Images

O Motorsport.com apurou que a Yamaha também será responsável pelo chassi, uma medida que limitará ainda mais o preço final. A medida tentará replicar a fórmula usada na Moto2, em que a Triumph é a única fornecedora de motores desde 2019 e continuará sendo a única fornecedora de motores, com a especificação de 765 cc e três cilindros.

Esta alternativa apresentada pela Yamaha reduzirá os orçamentos de duas maneiras. Primeiro, porque os componentes utilizados serão mais baratos que os atuais. E, obviamente, porque qualquer competição entre marcas elimina a concorrência entre fabricantes e a necessidade de investir para prevalecer sobre um rival.

De qualquer forma, o aumento drástico na cilindrada das motos menores no Mundial é impressionante, pois reduzirá significativamente a diferença entre a Moto3 e a Moto2 . Uma possível interpretação dessa abordagem é a intenção de atrair pilotos norte-americanos, que estão muito mais familiarizados com motos ‘grandes’.

Quando essa mudança for oficializada, ela marcará o fim da era Moto3, como era conhecida até agora, que começou em 2012, substituindo a popular categoria de 125cc.

Esta modificação, que será lançada em 2028, ocorrerá um ano após a reformulação que será dada ao regulamento técnico da MotoGP (2027) , e que será marcada, principalmente, por dois fatores: a redução de ajudas e elementos aerodinâmicos, e o motor, que passará dos atuais 1000cc para 850cc.

Isso significa que, em termos de cilindrada, a diferença entre as motos de Moto3 e MotoGP será de apenas 150 cc, embora investimento e desenvolvimento não tenham nada a ver um com o outro.

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