ANÁLISE: Por que Martín vai causar dores de cabeça na briga pelo título da MotoGP em 2024

Vitória em Portugal apagou trauma deixado pela queda na Indonésia em 2023

Jorge Martin, Pramac Racing

O piloto da Pramac na MotoGP, Jorge Martín, atual vice-campeão da categoria, descreveu sua vitória no GP de Portugal há duas semanas como "um triunfo muito maduro". Com isso, ele sai de Portimão na liderança do campeonato após duas etapas com 18 pontos de vantagem, sendo a primeira vez em sua carreira na qual ele ocupou a ponta do Mundial por mais de 24 horas.

Antes de Portugal, ele havia liderado o Mundial em duas oportunidades: após a sprint da Indonésia no ano passado, antes de cair enquanto dominava o GP em Mandalika, e outra após a sprint do Catar no mês passado.

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Classificando sua vitória em Portugal como algo "muito maduro", essa maturidade nasceu pela forma como ele lidou com a corrida, sendo a principal lição que ele tirou da disputa do ano passado. Em entrevista, Martín refletiu sobre sua derrota na Indonésia e como isso alterou sua abordagem para o GP de Portugal, duas provas que, em essência, foram idênticas.

Em ambas, Martín vinha dominando como líder, controlando o ritmo e mantendo distância suficiente para segurar qualquer avanço dos pilotos que vinham atrás. Na Indonésia, isso lhe deu mais de 3s de dianteira antes de cair nas voltas finais - entregando de bandeja 25 pontos para o rival Francesco Bagnaia.

Não tinha como repetir isso em Portugal, com Martín fazendo um gerenciamento melhor de tudo para infringir o máximo de dano em Bagnaia após o incidente com Marc Márquez.

Jorge Martin, Pramac Racing

Jorge Martin, Pramac Racing

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

"Certamente quando eles estavam a dois, três décimos, não foi fácil", disse Martín ao ser questionado sobre Maverick Viñales e Enea Bastianini, seus principais rivais em Portimão. "Mas quando elevei a vantagem para sete décimos, disse: 'ok, agora é hora de manter essa diferença'. Eu me lembrei da Indonésia, e pensei que seria o mesmo com oito décimos ou três segundos".

"Hoje foi suficiente. Se eles tiravam um décimo, eu aumentava um décimo. Eu tinha uma margem para forçar mais. Estou muito feliz, porque foi uma vitória muito madura".

Após duas etapas em 2024, Martín tem 60 pontos, uma média de 30 por fim de semana, quando são disputados 37. No ano passado, ele tinha 22 no total, impactado pelo incidente com Márquez em Portimão. Na etapa seguinte, na Argentina, seus problemas continuaram com um P8 na sprint e P5 na corrida.

Rei da sprint em 2023, vencendo nove ao longo do ano, Martín sente que a GP24 funciona melhor em corridas longas do que nas provas curtas. Mas, se o controle de danos for ir ao pódio sempre, a falta de consistência que lhe impediu de levantar o caneco ano passado parece ter sido resolvida.

No GP das Américas deste fim de semana, todos os olhares estarão voltados para Marc Márquez, por ser um circuito na qual ele sempre se deu bem, mas Martín deve ser a ameaça mais perigosa para esta etapa.

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