Barros: Espero que em breve brasileiros apareçam na MotoGP
Dono de projeto para revelar jovens talentos no Brasil, piloto espera que tenhamos mais pilotos do cenário nacional no mundial nos próximos anos
Depois de sua aposentadoria do cenário mundial no final da temporada de 2007, Alexandre Barros vem desde 2012 tentando revelar novos talentos do motociclismo brasileiro por meio de um projeto em parceria com a Honda e a marca de cerveja Estrella Galícia.
O objetivo é preparar pilotos para o campeonato espanhol de motovelocidade, para que percorram um caminho semelhante ao que fez o atual campeão da MotoGP, Marc Márquez, pela equipe Monlau - administrada por seu empresário e campeão das 125cc em 1999, Emilio Alzamora.
Barros tem fé de que a estrada levará os pilotos ao mundial bem preparados.
“Com o objetivo de promover o motociclismo brasileiro, trabalho há sete anos em um projeto de base”, disse ele ao site Crash.net.
“A ideia é que os pilotos que treinamos aqui participem do Campeonato Espanhol e tenham um futuro com as equipes da Escola Monlau Repsol.”
"Se o Diogo Moreira (último piloto a ir para Europa pelo projeto de Barros) fizer um bom trabalho, deverá subir ao European Talent Cup e se os bons resultados continuarem, ele irá para o Campeonato Mundial Júnior e, finalmente, para o mundial de Moto3 – sempre dentro da estrutura do Emilio Alzamora. Além disso, no Brasil temos campeonatos promocionais com motos de rua e outro projeto para motos de competição.”
"O que o Brasil precisa é dar a oportunidade para novos talentos como eles fazem na Espanha, onde começaram a trabalhar em campeonatos para jovens em 1986 (com o campeão de 1999, Álex Crivillé, sendo o primeiro a ser revelado). Mas isso leva pelo menos dez anos para trazer resultados. Já passei sete anos nestes projetos, por isso espero que em breve os nossos pilotos comecem a aparecer na MotoGP.”
Barros também comentou o bom momento da MotoGP em termos de competitividade, após o GP da Holanda.
“A corrida em Assen foi fantástica – uma das melhores da história do MotoGP”, falou.
“Isso me lembra de algumas corridas similares, como por exemplo Phillip Island em 2001, em que o grupo da frente estava lutando junto por uma grande parte da corrida.”
"Desejo que mais corridas sejam assim, embora seja difícil ficar entediado nas corridas de MotoGP, já que há muita igualdade entre as fábricas recentemente.”
"Por exemplo, a Suzuki chegou e conseguiu bons resultados, como o pódio de Álex Rins na Holanda, e talvez em um circuito como a Alemanha, que premia a agilidade, eles possam ter um bom resultado. É muito divertido e muito bom ver todas as fábricas lutando. Espero que a KTM e a Aprilia também estejam lá em breve.”
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