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CEO da MotoGP espera que pilotos reduzam seus salários durante pandemia

Para Carmelo Ezpeleta, isso ajudaria as equipes a sobreviverem durante a pandemia da Covid-19

Riders including Marc Marquez, Jorge Lorenzo, Cal Crutchlow, Takaaki Nakagami and Tito Rabat were in attendance

A pandemia da Covid-19 causou um grande impacto na temporada da MotoGP, levando as nove primeiras etapas de 2020 a serem adiadas ou canceladas, causando também um stress financeiro nas equipes que compõem o paddock do mundial, que perderam suas fontes tradicionais de renda.

A organizadora do campeonato, Dorna Sports, divulgou um pacote de auxílio financeiro de 50 milhões de reais para ajudar as equipes pelos próximos três meses, mas, para o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, é necessário que os pilotos também colaborem para ajudar o mundial a sobreviver à crise.

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No momento, apenas cinco dos 22 pilotos do grid da MotoGP têm contratos garantidos para além desse ano, com Álex Rins (Suzuki) se juntando ao grupo formado por Marc Márquez (Honda), Maverick Viñales e Fabio Quartararo (Yamaha) e Tito Rabat (Avintia Ducati) no último final de semana.

"Eu acho que todos vão negociar uma redução, não apenas os pilotos que ainda não renovaram", disse Ezpeleta à estação de rádio espanhola Onda Cero no domingo. "Os pilotos podem ter um contrato, mas os acordos são assinados nas situações normais. No caso de força maior, é diferente, e acho que não seria um problema".

"Todos entendem que você ganha quando faz o seu trabalho, mas é outra situação quando você está em casa enfrentando uma situação pela qual ninguém quer passar".

Ezpeleta também revelou que a Dorna reduziu os salários de seus próprios funcionários.

"Tomamos uma série de medidas na Dorna, assim como as equipes farão com seus funcionários que não estão trabalhando no momento", disse. "Nós reduzimos os salários. Nós todos, de comum acordo, vamos reduzir nossos salários até a retomada do campeonato".

Apesar do GP da Holanda ser no momento a primeira etapa da temporada, Ezpeleta afirmou que "nós estamos trabalhando para termos corridas a partir de agosto", sugerindo que a primeira janela possível para o campeonato seja o GP da República Tcheca em Brno.

Quando as corridas retomarem, foi sugerido que as equipes poderão levar apenas o pessoal necessário para as pistas.

Mas Ezpeleta descartou a realização de provas apenas para a MotoGP, abandonando as temporadas da Moto2 e Moto3, que conseguiram correr no Catar no mês passado.

"Estamos considerando reduzir o número de pessoas que podem entrar no paddock, e, nesses cálculos, estamos considerando as três classes", disse. "O assunto foi discutido com as montadoras e descartado".

"Se a maior parte da renda vem das emissoras e patrocínios, temos que dar ao público um certo número de corridas, e, sem a Moto2 e a Moto3, seria um show menos generoso. Quando isso acabar, as pessoas estarão sedentas pelas corridas, e temos que dar a eles um produto que tenha uma certa duração".

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha. A etapa da Holanda, em 28 de junho, é, atualmente, a primeira etapa do ano
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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VÍDEO: Quem são os campeões mais irregulares da história da F1?

PODCAST: Quais pilotos mereciam ganhar títulos da F1 e não levaram?

 

 

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