CEO da MotoGP espera que pilotos reduzam seus salários durante pandemia
Para Carmelo Ezpeleta, isso ajudaria as equipes a sobreviverem durante a pandemia da Covid-19
A pandemia da Covid-19 causou um grande impacto na temporada da MotoGP, levando as nove primeiras etapas de 2020 a serem adiadas ou canceladas, causando também um stress financeiro nas equipes que compõem o paddock do mundial, que perderam suas fontes tradicionais de renda.
A organizadora do campeonato, Dorna Sports, divulgou um pacote de auxílio financeiro de 50 milhões de reais para ajudar as equipes pelos próximos três meses, mas, para o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, é necessário que os pilotos também colaborem para ajudar o mundial a sobreviver à crise.
No momento, apenas cinco dos 22 pilotos do grid da MotoGP têm contratos garantidos para além desse ano, com Álex Rins (Suzuki) se juntando ao grupo formado por Marc Márquez (Honda), Maverick Viñales e Fabio Quartararo (Yamaha) e Tito Rabat (Avintia Ducati) no último final de semana.
"Eu acho que todos vão negociar uma redução, não apenas os pilotos que ainda não renovaram", disse Ezpeleta à estação de rádio espanhola Onda Cero no domingo. "Os pilotos podem ter um contrato, mas os acordos são assinados nas situações normais. No caso de força maior, é diferente, e acho que não seria um problema".
"Todos entendem que você ganha quando faz o seu trabalho, mas é outra situação quando você está em casa enfrentando uma situação pela qual ninguém quer passar".
Ezpeleta também revelou que a Dorna reduziu os salários de seus próprios funcionários.
"Tomamos uma série de medidas na Dorna, assim como as equipes farão com seus funcionários que não estão trabalhando no momento", disse. "Nós reduzimos os salários. Nós todos, de comum acordo, vamos reduzir nossos salários até a retomada do campeonato".
Apesar do GP da Holanda ser no momento a primeira etapa da temporada, Ezpeleta afirmou que "nós estamos trabalhando para termos corridas a partir de agosto", sugerindo que a primeira janela possível para o campeonato seja o GP da República Tcheca em Brno.
Quando as corridas retomarem, foi sugerido que as equipes poderão levar apenas o pessoal necessário para as pistas.
Mas Ezpeleta descartou a realização de provas apenas para a MotoGP, abandonando as temporadas da Moto2 e Moto3, que conseguiram correr no Catar no mês passado.
"Estamos considerando reduzir o número de pessoas que podem entrar no paddock, e, nesses cálculos, estamos considerando as três classes", disse. "O assunto foi discutido com as montadoras e descartado".
"Se a maior parte da renda vem das emissoras e patrocínios, temos que dar ao público um certo número de corridas, e, sem a Moto2 e a Moto3, seria um show menos generoso. Quando isso acabar, as pessoas estarão sedentas pelas corridas, e temos que dar a eles um produto que tenha uma certa duração".
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