Márquez sofre com o ombro no Catar: "A pista exige mais"

Após o final da temporada passada, o atual campeão Marc Márquez realizou uma cirurgia no ombro direito devido a um deslocamento, causado após uma grave batida no GP da Malásia. As férias de Márquez foram marcadas pela recuperação e, mesmo não estando 100%, o piloto participou dos testes de pré-temporada da MotoGP em Sepang e agora no Catar.

No primeiro dia de testes, Márquez completou 42 voltas no Catar e terminou o dia em sexto, a apenas 0s361 do tempo mais rápido do dia. Mas ele admite que sua condição física não mudou muito desde Sepang - devido a um nervo machucado - e as numerosas curvas longas para a direita estão "forçando demais" seu ombro.

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"Hoje começamos aqui mais ou menos bem, mas é verdade que nesse circuito estou sofrendo um pouco mais que na Malásia", disse. "A pista da Malásia tem um estilo de pilotagem diferente, e aqui com essas curvas longas para a direita, estou sofrendo um pouco mais".

Quando perguntado se ele sente uma mudança em sua condição física, acrescentou: "Não. Gostaria de poder dizer que sim, mas sendo franco, tenho um nervo machucado e para ele ser curado, duas semanas não é muito tempo. É verdade que eu tentei trabalhar para ter mais força nos outros músculos, buscando compensar. Mas especificamente esse músculo ainda continua igual".

"É verdade que eu chego em uma condição física melhor, mas nesse circuito, estou sofrendo mais por causa dessas curvas longas para a direita que forçam muito o ombro".

Márquez acrescentou que a pista de Losail tende a mostrar "todos os pontos fracos da moto", mas notou que a situação era similar à da moto no teste do ano passado e ele acabou perdendo por pouco a vitória na corrida duas semanas depois.

"É claro, se você tem uma moto que faz curvas com mais facilidade, será mais fácil para a condição física", disse. "Nos sabemos que a Honda é uma das motos que mais demanda da condição física. Aqui nesse circuito temos mais um ano mostrando todos os pontos fracos da moto; todas essas curvas longas são nossos pontos fracos".

"Mas ano passado começamos em uma situação mais ou menos similar e passo a passo fomos nos aproximando. Então, esse é o caminho: tentar trabalhar, tentar arrumar um ajuste especial para o Catar e tentar ficar próximo dos caras da frente".