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MotoGP GP da Tailândia

MotoGP: Acosta é liberado para disputar GP da Tailândia, mas passará por nova checagem na sexta

Espanhol falou sobre o processo de recuperação e comparou acidente da Austrália com outros que teve ao longo de sua carreira

Pedro Acosta, Red Bull GASGAS Tech3

Após ficar de fora do GP da Austrália do último fim de semana devido a uma queda feia durante a corrida sprint, Pedro Acosta recebeu o ok da equipe médica da MotoGP para disputar a etapa da Tailândia. Mas o espanhol ainda terá que passar por uma nova checagem na sexta-feira sobre seu ombro esquerdo.

O piloto da GasGas foi ejetado de sua moto durante a sprint, causando distensão no ombro e muita dor, levando-o a ficar de fora da prova principal em Phillip Island, concentrando seus esforços para o retorno na etapa de Buriram.

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Na quinta-feira pré GP da Tailândia, o espanhol disse que iria correr, o que foi confirmado depois que os testes do diretor médico da MotoGP, Angel Charte, o declararam apto. Porém, ele será reavaliado após o TL1 da sexta.

"Sim, eu vou correr, estou recebendo o 'apto' dos médicos, mas sim, eu vou correr. O ombro melhorou muito de domingo para hoje, vamos ver se continua melhorando. Temos trabalhado com o fisioterapeuta, temos sorte que a KTM sempre traz um para os GPs, então temos trabalhado todos os dias de manhã e à tarde. Vamos ver como me sinto amanhã de manhã".

A violência do acidente em Phillips Island e, acima de tudo, a imagem de Pedro com o ombro para cima e com a moral abalada, sugeriam uma recuperação mais complicada.

"Eu não estava preocupado, só um pouco no domingo, havia muita folga entre a clavícula e o ombro, eu nunca tive uma luxação como essa, nunca tive um ombro arrancado, e não parecia muito normal. Já quebrei muitos ossos e me machuquei muito, mas nunca tanto quanto esse ombro, nem mesmo quando quebrei o fêmur", admitiu.

"Na moto não há problema, ontem à noite subi na moto e estava tudo bem, uma pequena simulação pode ser feita quando se está parado", disse.

Acosta foi levado a um hospital de Melbourne para descartar qualquer lesão oculta e o piloto revelou que tinha mais do que pensava.

"Houve, digamos, uma ruptura parcial do ligamento, mas isso é o mais grave possível", embora ele saiba que sentirá dores na moto. "Normalmente, eu consigo suportar essas coisas muito bem, vamos ver até onde podemos cerrar os dentes", explicou ele, aguardando um check-up com o médico Angel Charte.

Acosta estava confiante de que receberia a liberação total e que participaria do GP.

"Até agora, sempre que me machuquei, foi tão grave que não pude correr. Vamos ver como estarei no fim de semana, melhoramos muito em alguns dias, se for por causa da dor não será um impedimento, outra coisa é que na Austrália eu não levantava o braço mais do que aqui (enquanto deixava o braço quase caído ao lado do corpo), e agora eu o levanto todo", disse ele enquanto levantava o braço.

Não foi fácil para os médicos e a equipe convencerem Acosta a não correr na Austrália.

"Acho que tomar a decisão conjunta de parar e voltar na Tailândia foi a melhor coisa a fazer, porque se por acaso eu me machucar mais, perderei esta corrida, a próxima e talvez não consiga chegar a Valência. Foi importante para o próximo ano saber como parar e largar neste fim de semana para ganhar experiência neste circuito".

As características da pista, segundo ele, podem ajudá-lo a lidar melhor com a dor.

"Vou ficar muito tempo do lado direito, mais do que do esquerdo, e vou ficar com o braço bem reto, normalmente fico com a mão aberta sem fazer força. A frenagem é mais à esquerda e isso me custará menos", ele tentou se encorajar.

Acosta não quer entrar no mérito se Buriram é um bom circuito para a KTM ou não: "Vamos começar do zero e ver o que acontece. Temos que decidir qual carenagem vamos usar e todas as decisões entre agora e o final da temporada serão tomadas aqui, para que possamos ter duas corridas tranquilas", referindo-se à Malásia e Valência, onde a temporada será encerrada.

Este é mais um ano em que a KTM não venceu uma corrida na MotoGP, a última sendo neste circuito há dois anos e sob chuva.

"O que posso dizer... eu cheguei este ano. Eu gostaria de vencer corridas, é claro, mas acho que não vai demorar muito. Na Indonésia tivemos uma boa corrida, no Japão tivemos um bom fim de semana apesar dos acidentes, na Austrália Brad [Binder] teve um bom fim de semana, acho que pouco a pouco estamos mais perto do que parece. Temos que colocar tudo junto", disse o espanhol.

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Germán Garcia Casanova
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Pedro Acosta
Tech 3
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