MotoGP aprova uso das motos de 2020 no próximo ano para reduzir gastos
A categoria manterá as motos por mais um ano, como forma de evitar um impacto financeiro ainda maior após a pandemia
A temporada de 2020 da MotoGP teve um forte impacto com a pandemia do coronavírus, com as oito primeiras etapas do ano adiadas ou canceladas. E as novas regras de distanciamento social e proibição de eventos de grande porte colocaram em xeque a realização do GP da Alemanha, marcado para 21 de junho, e que, no momento, é a primeira prova de 2020.
Nas últimas semanas, a organizadora da MotoGP, Dorna Sports, anunciou um pacote de auxílio financeiro de 50 milhões de reais para auxiliar, por três meses, as equipes independentes da Moto GP - e a KTM - além de todas as equipes da Moto2 e Moto3.
A Associação de Montadoras da MotoGP também vem se reunindo ao longo das últimas semanas para discutir a crise e formular propostas de corte de gastos, visando a sustentabilidade da categoria para o futuro próximo. Entre elas, está o congelamento das motos atuais para 2021, um passo similar ao tomado pela Fórmula 1, e que teve apoio unânime.
A proposta agora foi ratificada pela Comissão de Grande Prêmio, com o desenvolvimento sendo banido nessa temporada e as montadoras começando a temporada de 2021 com as motos homologadas no início deste ano.
A partir do momento que a temporada de 2021 começar, as regras de desenvolvimento passarão a valer para as montadoras concessionais (Aprilia) e não concessionais (Honda, Suzuki, Yamaha, Ducati e KTM - esta última se juntando a este grupo pela primeira vez).
Isso significa que o último grupo não poderá desenvolver os motores durante o ano, e poderão fazer apenas uma modificação aerodinâmica durante o ano.
Durante as reuniões da MSMA, a Ducati propôs a ideia de reduzir o número de motos por pilotos de dois para um, como forma de reduzir ainda mais os gastos. Porém, o Autosport / Motorsport.com apurou que a ideia foi rejeitada pelas outras cinco montadoras.
A Comissão também confirmou que o desenvolvimento das motos da Moto2 e Moto3 será congelado até o final da temporada de 2021.
As equipes da Moto2 tem as partes de aerodinâmica que foram homologadas para 2019 e 2020 a sua disposição, enquanto cada montadora de chassi pode submeter qualquer quadro ou braço oscilante atual ou de 2019 para homologação. Não é permitido mais que dois quadros homologados por equipe.
A Comissão também proibiu o uso do holeshot e de equipamentos de ajuste de altura, vistos na MotoGP, para evitar um aumento nos gastos devido ao desenvolvimento.
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