MotoGP: Bagnaia diz que fiasco na sprint é "inaceitável"

Francesco Bagnaia teve um sábado para esquecer no GP da Indonésia de MotoGP. Uma classificação ruim foi seguida de uma sprint pior ainda, com o bicampeão terminando em último entre os pilotos que cruzaram a linha de chegada, a impressionantes 13s do penúltimo colocado e a 29s do vencedor Marco Bezzecchi, em uma prova de apenas 13 voltas de duração.

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O italiano prometia vir mais feliz para o restante da temporada 2025 após uma etapa perfeita em Motegi, onde finalmente teve uma moto com a qual se sentiu confortável. Mas Mandalika foi um choque de realidade, mesmo com sua decisão de deixar a moto intocada em comparação com a que lhe permitiu brilhar no Japão há apenas seis dias.

Em uma pista onde a Ducati está sofrendo mais do que o normal, aparentemente incapaz de se adaptar totalmente ao pneu traseiro reforçado da Michelin e sem os discos de freio de 355 mm que lhe proporcionam resultados tão bons, Bagnaia sofreu no curto teste em Lombok.

Depois de não conseguir passar diretamente para o Q2 nos treinos de sexta, o italiano caiu no Q1 da classificação, terminando em sexto (16º no grid) como o pior piloto da Ducati, enquanto Fabio Di Giannantonio e Marc Márquez conseguiram passar para a Q2.

Mas o pior estava por vir na sprint: sem ritmo desde a largada, foi relegado à última posição. Ele só conseguiu ganhar posições devido às várias quedas, terminando em 14º. No entanto, ele estava 13 segundos atrás de Rins e nada menos que 29 segundos atrás do vencedor Bezzecchi em uma corrida que durou apenas 13 voltas.

Quando saiu da moto, um Bagnaia sorridente, mas de forma mais irônica, comemorou pelo menos o fato de poder ter o resultado de Motegi de uma semana atrás, para lembrar que, de sua parte, ele não tem nada a provar e que o que aconteceu não depende dele ou de seu nível de pilotagem.

"A única sorte é que Motegi aconteceu, e eu tive o melhor fim de semana possível. Sei muito bem, com o potencial que tinha lá, que não tenho nada a provar. O que aconteceu hoje é algo fora do meu controle. Dei tudo de mim, como sempre. Hoje, o importante era terminar em 16º, com aquela posição no grid. Na corrida, fiquei em 14º, 29 segundos atrás. Continuo dando o máximo, tudo o que tenho, e o que é, é".

Francesco Bagnaia, Equipe Ducati

Foto de: Robertus Pudyanto / Getty Images

Perguntado se o que aconteceu com ele foi devido a problemas com os pneus, algo que já aconteceu com ele mais de uma vez, ele respondeu:

"Eu tinha movimentos impensáveis na moto. Muitas vezes, parei de acelerar, muitas vezes fiquei sem freios? Com certeza, é perigoso pilotar assim, mas estamos acostumados com tudo isso e sabemos como reagir a essas situações. Mas o que aconteceu hoje, para mim, é inaceitável. Vou para os boxes depois para conversar, mas vamos ver".

E quando perguntado novamente se a inaceitabilidade tinha algo a ver com a Michelin, Bagnaia balançou a cabeça e foi claro: "Em termos técnicos".

Uma resposta que, evidentemente, apontava para a Ducati. A pergunta seguinte foi clara, sobre se o erro estava dentro da moto: "Foi... Foi alguma coisa. Há sete dias, eu estava vencendo a corrida sprint em Motegi com 2s de vantagem, depois de ter estabelecido o recorde na classificação. E aqui eu fiz o que fiz. Não é possível", continuou ele.

Parece difícil explicar ao público como um piloto vai do seu melhor ao seu pior em apenas seis dias e, quando lhe pediram uma resposta, o #63 foi novamente direto:"Eu não explico, não consigo explicar. Eu também quero que me expliquem".

Quanto a quem deveria explicar, Bagnaia disse:"A equipe, eu não sei, não sei quem. Não sei, não sei quem. Pelo menos me expliquem por que eu estava tão lento, por que não posso ser rápido aqui. Eles têm dados, não sei o que aconteceu. Hoje, minha melhor volta foi 01min3s,7, 2s mais lenta que as primeiras, é algo estranho". Por fim, Pecco também não estava otimista quanto à melhora para o domingo: "Como eu disse, é algo fora do meu controle", concluiu.