MotoGP - Bagnaia: "Eu caí porque não queria ser último de novo"

Pecco Bagnaia não terá boas lembranças do GP da Austrália de MotoGP. Mais uma vez, o italiano demonstrou em Phillip Island a falta de sensibilidade que o aflige desde o início da temporada, começando com uma sprint em que foi o segundo colocado, mais de 30 segundos atrás do vencedor, e com uma volta ainda mais lenta do que a pole position de Diogo Moreira na Moto2.

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As coisas não estavam boas para ele no domingo, com uma Ducati instável. Porém, a corrida principal foi melhor do que o esperado, conseguindo diminuir o tempo de volta de 1min30s para 1min28s e com um ritmo que o colocou em décimo primeiro lugar, à frente de Fabio Quartararo. No entanto, a três voltas para o fim, sofreu uma queda que encerrou sua participação no final de semana.

Após a corrida, Bagnaia explicou à DAZN que estava indo até o limite e se esforçando mais do que o necessário para tirar o melhor proveito da moto: "O acidente foi bastante difícil, mas no final, quando você está se esforçando tanto, isso pode acontecer", falou.

"Acho que no final teria sido possível terminar em sétimo depois de um fim de semana tão difícil. Não é tão ruim assim. Temos que aproveitar o que der, o máximo possível, tentar tirar algo de positivo, mesmo que não haja tanta coisa positiva assim. Mas no fim, ser rápido nessa situação, naquele momento da corrida, foi algo bastante bom. Eu via que estava recuperando posições rápido em relação aos pilotos da frente, mas, de verdade, estava muito no limite desde o começo. Era difícil manter esse ritmo, e no final acabei saindo [da pista] porque estava forçando", explicou.

Questionado se a melhora em relação ao sábado e à sessão de aquecimento veio por terem encontrado algo de última hora, Bagnaia explicou que não, que o caminho alternativo que pretendiam seguir foi ainda pior, e que em nenhum momento conseguiu atenuar o excesso de movimentação da Desmosedici.

"Esta manhã tentamos algo na configuração que deu muito errado. Na corrida, voltamos na direção oposta e foi um pouco melhor. Deixamos a moto mais lenta, mas mais estável, só que a moto ainda estava se movendo, eu tinha que me segurar muito para evitar que ela se movesse. É algo que temos que entender, porque é difícil assim", revelou.

Francesco Bagnaia, Ducati

Foto de: Gold and Goose Photography / LAT Images / via Getty Images

Falando com a mídia, ele explicou claramente por que foi parar no chão no domingo, dando a entender que evitou uma repetição do sábado, quando estava claramente abaixo de seu nível: "Quando você vai ao limite, as quedas podem acontecer. Eu caí porque não queria terminar em último novamente. Prefiro cair mil vezes quando estou lutando por pontos do que quando estou em último".

Por fim, o italiano insistiu novamente que a Ducati com a qual se sente confortável é a que pilotou no Japão, e que a máquina que pilotou na Austrália está longe disso: "Lutar para terminar em décimo nunca me deixará feliz. Minha Ducati é a do Japão. A que eu pilotei hoje está longe de ser uma Ducati", concluiu.