MotoGP: Martín vê ele e Pramac "mais sozinhos do que nunca" após confirmarem saídas da Ducati

Martín fala sobre as expectativas para a reta final deste ciclo de sua carreira

Jorge Martin, Pramac Racing

Com Jorge Martín e a Pramac próximos de deixarem o 'reino da Ducati' no final da temporada 2024 da MotoGP, tendo como destino, respectivamente, a Aprilia e a Yamaha, o piloto espanhol vê que ambos estão "mais sozinhos" do que em anos anteriores, sem terem o apoio total da marca italiana.

Martín, deu a entender que ele e sua equipe estão começando a perder o apoio da Ducati, que agora parece estar priorizando Francesco Bagnaia na briga pelo título deste ano.

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Martín, que passou toda a sua carreira na MotoGP até agora com a marca italiana, se juntará à Aprilia em um contrato plurianual a partir de 2025, enquanto a Pramac está encerrando uma parceria de mais de duas décadas para se tornar satélite da Yamaha.

"Acho que tudo está normal na Pramac, não mudou muita coisa em relação ao passado", disse o espanhol ao GPOne. "Mas essas mudanças futuras nos aproximaram ainda mais como equipe".

"Não é que estejamos sozinhos, mas certamente estamos mais sozinhos do que nas últimas temporadas. Antes, tínhamos certeza de que continuaríamos com a Ducati, podíamos facilmente superar muitas coisas. Agora, como equipe, temos que nos unir ainda mais para dar 100%".

A Pramac tem sido a principal equipe satélite da Ducati há anos e recebe equipamentos e engenheiros da fábrica como parte de seu vínculo de longa data.

Martin, por sua vez, está diretamente na folha de pagamento da Ducati e foi selecionado para um lugar na equipe oficial ao lado de Bagnaia, antes de optar por assinar com o hexacampeão Marc Márquez para substituir Enea Bastianini, que estava na Tech3.

Jorge Martin, Pramac Racing

Jorge Martin, Pramac Racing

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Mas, embora o piloto de 26 anos vá passar a próxima fase de sua carreira na Aprilia, ele não está descartando um possível retorno à Ducati no futuro.

Falando na World Ducati Week em Misano, Martín relembrou o momento em que subiu para a MotoGP em 2021: "Tem sido uma boa história com a Ducati e a Pramac. Ainda não fechamos o ciclo, mas acho que foram anos de desenvolvimento da moto, da equipe. Eu diria que crescemos juntos".

"Quando cheguei, a Ducati não tinha a melhor moto, ainda não havia conquistado nenhum título [desde Casey Stoner em 2007]. Mas com Pecco, Enea Bastianini e também comigo, acho que o projeto cresceu".

"É uma pena que eu não tenha podido continuar, mas estou feliz por estar aqui. Talvez não seja meu último WDW, talvez eu volte no futuro. Mas é assim que as coisas estão agora".

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