MotoGP: Mir responde críticos após primeiro pódio na Honda

Joan Mir diz que é "fácil se esconder atrás do celular" e criticar os pilotos de MotoGP depois de garantir seu primeiro pódio com a Honda no GP do Japão do último fim de semana.

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Mir terminou em terceiro lugar atrás da dupla da Ducati Francesco Bagnaia e Marc Márquez em Motegi, encerrando uma seca de 1.422 dias que remonta ao seu último pódio com a Suzuki no GP de Portugal de 2021.

Apesar de ter conquistado o título de 2020 por mérito de sua consistência, Mir enfrentou o ceticismo dos críticos que questionaram se seu campeonato foi devido à sorte e à falta de uma forte concorrência no grid.

Após a saída da Suzuki no final de 2022, Mir foi para a Honda ao lado de Marc Márquez, mas teve dificuldades para domar uma RC213V pouco competitiva, conseguindo apenas um resultado entre os 10 primeiros em seus dois primeiros anos com a HRC.

No entanto, com a Honda fazendo grandes progressos com sua moto nesta temporada, Mir finalmente conseguiu realizar seu potencial no Japão, reservando um lugar na primeira fila na qualificação antes de terminar em terceiro na corrida de domingo.

Perguntado se ele sabe que algumas pessoas não o respeitam como campeão mundial, Mir enfatizou que nunca perdeu de vista suas conquistas na MotoGP. "No esporte em geral, você é o que fez na sua última corrida, mas [isso] não é particularmente [o caso] comigo. Acho que todo mundo tem o mesmo problema", disse.

"É muito fácil se esconder atrás do celular e falar coisas que não trazem nenhum benefício a ninguém. Mas, no final, eu sei o que consegui. As pessoas que conhecem um pouco desse mundo, e dos esportes em geral, valorizam tudo como é. Não é que eu tenha sido muito bom hoje e tenha sido um desastre ontem".

"Não posso fazer muito mais. Acho que estamos expostos a todas essas pessoas, o que é fantástico por um lado, mas, por outro lado, também estamos expostos a críticas e a quem nos odeia. Isso não está mudando minha vida. Nunca mudou nada".

Joan Mir, Honda HRC

Foto de: Gold and Goose Photography / LAT Images / via Getty Images

Em sua primeira temporada com a Honda em 2023, Mir terminou na parte inferior da classificação, marcando apenas 26 pontos, em comparação com os 96 do companheiro de equipe Márquez.

No ano passado, ele terminou em 21º lugar no campeonato, vencendo a outra Honda de fábrica do companheiro de equipe Luca Marini, mas terminando atrás da dupla da LCR Johann Zarco e Takaaki Nakagami.

Suas dificuldades nos últimos anos pesaram tanto que ele pensou brevemente em se aposentar da MotoGP antes de assinar um novo contrato de dois anos com a Honda até o final do atual ciclo de regras.

À medida que a RC213V se tornou mais competitiva este ano, sua forma também melhorou e, depois de se aposentar em 10 dos primeiros 16 GPs, ele finalmente conseguiu sua grande vitória diante da cúpula da Honda no Japão.

Mir admitiu que não esperava que suas dificuldades na Honda durassem tanto tempo, mas acha que um pódio em casa foi uma recompensa merecida para a fabricante japonesa, que vinha trabalhando incansavelmente para dar a volta por cima em seu programa de MotoGP.

"A realidade é que foi um período muito difícil para mim", disse ele. "Desde o dia em que decidimos mudar para a Honda em um período difícil, já sabíamos que poderíamos ficar sem bons resultados por um longo tempo. Mas eu não podia imaginar esse período de tempo".

"A realidade é que foi um período muito difícil. Eu simplesmente nunca desisti, tentando - nem sempre, mas às vezes - ver as coisas positivas que estavam acontecendo conosco. Agora, você pode imaginar como é bom sentir o gosto do pódio. Gostei de cada volta da corrida, lutando com esses caras. Fazia muito tempo que eu não fazia isso [lutar na frente]".

"Estou muito feliz pela equipe, eles merecem muito. Além disso, aqui no Japão, não consigo pensar em um lugar melhor para fazer nosso retorno. Estou muito feliz com a Honda. Obrigado a eles, eles merecem isso".