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MotoGP nega a possibilidade de realizar etapas com rodadas duplas

Dirigentes da categoria rainha da motovelocidade ponderam que há dificuldades em fazer duas provas por fim de semana

Marc Marquez, Repsol Honda Team leads at the start

A Dorna Sports, organizadora do campeonato da MotoGP, descartou a possibilidade de a categoria ter finais de semana de duas corridas como parte de um cronograma condensado, caso as corridas se iniciem ainda este ano.

A pandemia de coronavírus obrigou as oito primeiras corridas da temporada de 2020 a serem canceladas ou adiadas devido a restrições em todo o mundo. O campeonato agora tem início marcado para o GP da Alemanha de 21 de junho.

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Desde o cancelamento do GP do Catar no início de março, tanto a Dorna quanto a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) discutiram várias idéias para um novo calendário de 2020. Mas o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, descartou rodadas duplas.

"Essa possibilidade não nos serve. Os promotores já estão bastante estressados e não pagarão por ter duas corridas, nem a televisão [emissoras] também", ponderou o maior dirigente da categoria rainha da motovelocidade mundial.

Há muito se pensava que realizar fins de semana de duas corridas provavelmente seria impossível devido a situações contratuais do circuito. O diretor-geral da Dorna, Manel Arroyo, acrescentou em uma entrevista à Rádio da Catalunha que "em nível técnico" isso seria difícil para a MotoGP.

Arroyo também disse que a Dorna estaria satisfeita com um campeonato de 10 corridas. Mas a Ducati disse ao Motorsport.com que acha difícil ter 10 países dispostos neste momento. Ezpeleta completou dizendo que não há necessidade contratual de se fazer 13 corridas.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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