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MotoGP: Quartararo quer que Yamaha volte à moto de 2019 no próximo ano

O piloto pediu que a montadora analisasse se isso é possível em meio ao congelamento de regras para 2021

Fabio Quartararo, Petronas Yamaha SRT

Fabio Quartararo era visto como um dos favoritos ao título de 2020 da MotoGP após a saída de Marc Márquez e seu domínio na rodada dupla de Jerez, mas problemas com a Yamaha o deixaram longe da conquista do Mundial. E com o congelamento para 2021, o francês defendeu que a montadora poderia voltar à moto de 2019 para ter chances melhores.

O piloto, que está apenas no segundo ano na MotoGP, venceu três provas em 2020, mas ficou apenas uma vez no Top 5 nas outras corridas do ano e sua inconsistência o fez ficar distante da conquista do título, estando 37 pontos atrás de Joan Mir com apenas 50 em disputa.

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Isso mostra um grande contraste em comparação com sua temporada de 2019, quando foi ao pódio sete vezes ao longo do ano.

Com suas chances pelo título ficando ainda mais distantes após uma queda no GP da Europa do último domingo, Quartararo admitiu que a Yamaha precisa mudar muito para 2021.

Devido à redução de gastos em meio à pandemia, a Yamaha não poderá desenvolver um novo motor para 2021. E isso preocupa Quartararo, que passará para a equipe oficial da montadora, trocando de vaga com Valentino Rossi. Por isso ele espera que possa usar a moto de 2019 caso o regulamento permita.

"Estou preocupado, mas quero ver se podemos usar a moto do ano passado, se é possível ou se teremos que ficar com a mesma moto", disse quando perguntado sobre o congelamento dos motores.

"Mas o que é certo é que precisamos mudar muitas coisas no modo de trabalho, não necessariamente na equipe, mas a Yamaha em geral".

Rossi afirmou no final de semana passada que o congelamento dos motores "não é uma desculpa" para a Yamaha não melhorar sua unidade em 2021.

O companheiro de Quartararo na Petronas, Franco Morbidelli, pilota atualmente a M1 de 2019 e já venceu duas provas neste ano e é o piloto da Yamaha que mais pontuou desde o GP de San Marino.

E o francês admitiu no domingo passado que nunca sentiu a M1 de 2020 como a sua moto desde o início do ano.

"Após as minhas primeiras voltas com a moto de 2020 em pista seca, eu diria que ela mudou muito em comparação com o ano passado, e não sentia que tinha o domínio da moto. Quando a moto é boa desde o TL1, você só precisa fazer pequenos ajustes. Mas quando o começo é difícil, você está perdido".

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