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Pilotos protestam e francês tem entrada negada na MotoGP

Depois de correr em San Marino sem experiência prévia na MotoGP, Christophe Ponsson será substituído por Jordi Torres em Aragón após protestos na categoria

Christophe Ponsson, Avintia Racing

Christophe Ponsson fez a sua estreia na MotoGP em Misano na Ducati GP16 da Avintia, terminando a sua primeira corrida uma volta atrás do vencedor Andrea Dovizioso.

Vários pilotos manifestaram preocupações sobre as circunstâncias de sua estreia, e enquanto o francês esperava continuar para Aragón, a Avintia anunciou o piloto do Mundial de Superbike Jordi Torres para seu lugar nesta próxima corrida.

Entende-se agora que a entrada de Ponsson foi negada pela Comissão da MotoGP, que é composta por representantes da Dorna - promotora do campeonato –, da FIM, da associação de fabricantes e da associação de equipes independentes.

Em um comunicado divulgado após o anúncio da Avintia de que terá Torres, Ponsson afirmou que assinou um contrato de quatro corridas com o time espanhol, e foi informado pela equipe antes de Aragón que sua entrada foi negada.

"O dono da equipe explicou que a decisão foi em grande parte devido a Cal Crutchlow e Jack Miller, que insistiram e convenceram outros pilotos a me excluir", dizia o comunicado.

“Uma mistura de desapontamento e repulsa me sobrecarrega, a ponto de eu estar me perguntando se eu posso ou não praticar o esporte de vez. Não tenho mais explicações. Agora vou pedir uma explicação oficial, porque preciso entender esse golpe baixo.”

“Em Misano, todos estes pilotos de MotoGP continuavam a se gabar de que a MotoGP era o ponto mais alto do motociclismo mundial, e não podiam permitir que jovens pilotos como eu - inexperientes, segundo eles - participassem.”

“Não tenho a certeza que a MotoGP cuidou bem de sua imagem, montando rapidamente uma comissão a pedido de alguns pilotos que queriam me impedir de participar. Eu pensei que esses tipos de coisa eram feitos apenas em corrida menores."

Ponsson, que corre na Superbike espanhola, mas foi forçado a não correr uma etapa para competir em Misano, insiste que "nunca teria concordado com um contrato na MotoGP por apenas uma corrida, sem antes fazer alguns testes".

Ele disse que "sacrificou" sua campanha na Espanha "precisamente porque o contrato previa quatro corridas sem uma cláusula de saída".

Entende-se, no entanto, que o acordo permitia um retorno antecipado para Rabat, que agora tem como alvo voltar na Tailândia – corrida após Aragón.

O Motorsport.com entrou em contato com a Dorna para comentar as circunstâncias da entrada negada a Ponsson.

Christophe Ponsson, Avintia Racing

Christophe Ponsson, Avintia Racing

Photo by: Gold and Goose / LAT Images

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