Rossi fala sobre testes com Ferrari na F1 e diz se há arrependimento da decisão de seguir na MotoGP
Italiano esteve próximo de fazer a troca de categorias nos anos 2000
Retornando ao Brasil pela primeira vez após 20 anos, correndo nas 6h de São Paulo do Campeonato Endurance, a lenda da motovelocidade Valentino Rossi refletiu sobre sua longa carreira no esporte a motor e sobre a possível troca que considerou fazer entre a MotoGP e a Fórmula 1.
Em 2004, Rossi já era um ícone italiano com seis títulos mundiais de MotoGP, o último após a mudança da Honda para a Yamaha. Na época, o Doutor parecia quase imbatível e flertou com as quatro rodas para emular John Surtees, como o único piloto a vencer nas 500cc e na F1.
Naquela época, a Ferrari dominava a categoria máxima do automobilismo com Michael Schumacher e o sonho de muitos era ver um piloto italiano vencer com o carro vermelho.
De 2004 a 2010, Rossi participou de vários testes com a escuderia de Maranello e o que começou como uma brincadeira esteve muito perto de acontecer em 2006, como confessou seu pai, Graziano Rossi. Tanto que a equipe valorizou a possibilidade de alinhá-lo a um terceiro carro se o regulamento fosse alterado.
Porém, Rossi optou por dar sequência à sua trajetória na MotoGP, onde se aposentou oficialmente no fim de 2022, dando início a uma nova fase em sua carreira, correndo nas provas de endurance de carros.
Estreando em Interlagos neste fim de semana com o WEC, Rossi falou sobre o momento que vive em sua carreira, relembrando da quase troca com a F1 nos anos 2000.
“Estou muito feliz [nesta nova fase]. Eu gosto muito de correr com carros. Isso sempre esteve na minha mente: quando eu parar com a MotoGP, eu quero correr com os carros. Na verdade, durante esses anos, eu sempre tentei fazer algumas corridas de carros, e tive alguns testes também com a Ferrari na Formula 1, em 2004”.
“Foi uma decisão difícil, porque eu tive a oportunidade de fazer a mudança, no final de 2006, mas era um grande risco. Eu não acho que eu sou ruim correndo de carro, mas sou melhor com as motos, então decidi permanecer. Essa foi a escolha correta, porque eu pude correr na MotoGP por mais de 12 ou 15 anos, podendo vencer mais títulos e corridas”.
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