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Entrevista

Conheça os trabalhos de Cacá Bueno em ano de Copa do Mundo, ao lado de Galvão

Piloto da NASCAR Brasil falou sobre empreendimentos fora da pista e expectativas para 2026

Cacá Bueno

Cacá Bueno

Foto de: Rodrigo Guimarães

Um dos principais nomes do automobilismo nacional, Cacá Bueno é pentacampeão da Stock Car e, em 2025, fez sua estreia na NASCAR Brasil pela RC, terminando na quarta colocação no campeonato Overall. Porém, apesar de toda a dedicação na pista, o piloto de 49 anos tem se dedicado a outras atividades fora da pista, incluindo até a Copa do Mundo de 2026. 

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Dono da própria agência de marketing esportivo, Bueno compartilhou os bastidores por trás da decisão em entrevista exclusiva ao Motorsport.com: "Começou vendo a dificuldade que é comercializar, arrumar patrocínio, vender, atender, repercutir o patrocínio, criar experiências... Montei tudo há muitos anos pra cuidar desses patrocinadores. A médio prazo acabei cuidando de outros pilotos, outras equipes e categorias, e ela foi se intensificando no mundo do esporte a motor", explicou. 

O negócio deu certo e alcançou novos horizontes, como o universo do futebol. Filho de Galvão Bueno, um dos principais narradores do Brasil, Cacá tem se envolvido nos contratos do pai, inclusive em relação à maior competição de futebol do mundo. "Com o meu entendimento sobre essa relação eu comecei a prestar muita consultoria. Quanto custa uma placa de campo, uma camisa de time, uma mídia de televisão. Quanto custam esses patrocínios de todas as modalidades e acabei fazendo muita coisa com o mundo do futebol", disse. 

"Em relação à saída do Galvão, depois da Globo isso se intensifica na venda de mídia para os programas dele e as coisas que têm em torno dele. Ele acaba virando sócio da NSports, que é o que lidera um pouquinho esse processo junto com o SBT, faz uma JV [joint venture, uma união de empresas que tem como intuito trazer uma série de vantagens para todos os envolvidos] para a compra da Copa do Mundo", revelou. 

"O Galvão virou sócio e eu me juntei fazendo consultoria, um braço mais num esforço de venda de mídias. Primeiro na área ali do Galvão, mais liderando esse processo na NSports, colaborando com o processo na área de intermediação de negócios. E, já que a Copa está indo para o SBT com o Galvão e com a NSports ali é já mais uma questão de uma ajuda ao SBT, unir forças pra que a gente comercialize da melhor maneira possível", acrescentou. 

Cacá ainda ressalta que "não é um braço comercial do SBT", mas está trabalhando junto com o pai para viabilizar o projeto, o que toma muito do seu tempo atualmente. Ele ainda revela que, por meio da agência, cuida da carreira de mais de 20 jogadores de futebol, tendo que conciliar o lado 'empresário' com o lado 'piloto'. Apesar da agenda lotada, ele não nega oportunidades para estar na pista, mas reconhece que o foco estará cada vez mais no trabalho fora dela

"Eu liguei pro Dener [Pires, CEO da Porsche Cup] essa semana e perguntei 'Essas endurance aí estão boas, hein, cara? Está na hora de eu voltar'. Estou com quarenta e nove anos, vou correr mais alguns anos, mas óbvio, estou muito mais perto do final do que do começo. E, apontando isso, minha relação e experiência com patrocinadores sempre foram muito importantes, então, nessa transição, estou me posicionando mais como especialista em esportes, sabendo quanto custa exatamente cada modalidade", contou. 

Ele ainda destaca que foca não na parte técnica, mas em mostrar aos investidores qual é o melhor plano de ação para cada um, ressaltando que os anos de experiência no esporte a motor são de grande valia no desenvolvimento do trabalho como consultor. 

"A gente vai muito no contato de conexão, e o automobilismo, quando eu parar, vai me servir como material importante pra isso. Pra poder, junto às grandes empresas, falar 'Qual o público para o qual você quer falar? Então, a categoria certa pra você é a Truck, a NASCAR, a Stock, a Fórmula E e o teu veículo principal é esse. Olha, pra você é mais branding, pra você outro é relacionamento'. Colocar os patrocinadores no lugares certos, continuar obtendo uma empresa rentável", finalizou. 

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