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'Fator Barrichello' turbina audiência de categoria australiana e organizadores querem mais estrelas no grid

Piloto brasileiro virou manchete e garantiu aumento na visibilidade do novo campeonato de monopostos

Rubens Barrichello

No último fim de semana, o brasileiro Rubens Barrichello fez seu retorno aos monopostos após hiato de sete anos e participou da estreia da S5000, chegando em segundo na corrida inaugural da nova categoria australiana de carros de fórmula.

Grande atração do evento, Rubinho atraiu a atenção da mídia, rendendo manchetes, reportagens e repercussão nas redes sociais. Além disso, o piloto foi o grande motivador da audiência da S5000 em Sandown, primeira casa da recém-criada categoria australiana.

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Na prática, Barrichello gerou o efeito desejado pelos organizadores da competição: com um nome de peso no grid inaugural, a S5000 conquistou o noticiário e gerou audiência local e internacional no último fim de semana.

Somando todos os dias com atividades de pista transmitidas, seja por canais tradicionais ou streamings online, a etapa de Sandown (veja fotos abaixo) movimentou mais de 200 mil espectadores - cerca de 283 mil visualizadores, de acordo com dados da Austrália - apenas no país da Oceania. Tendo em vista que a categoria é nova, são números muito representativos.

Rubens Barrichello, Team BRM, Ricky Capo, Modena Engineering
Rubens Barrichello, Team BRM
Rubens Barrichello na corrida da S5000
Barrichello na S5000
Detalhe de Rubinho na prova australiana
Rubens Barrichello, da BRM
Rubens Barrichello, Team BRM S5000
Treino de Rubens Barrichello, Team BRM S5000
Rubens Barrichello passa pela grama
Rubens Barrichello entra no carro da S5000
Rubnes Barrichello no pitlane
Rubens Barrichello em testes da S5000
Detalhe do capacete de Rubinho
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Com base nestes dados e no feedback positivo de Barrichello, os organizadores da S5000 esperam atrair outras estrelas do automobilismo para a prova de abertura da temporada 2020, em Melbourne, no mesmo fim de semana do GP da Austrália de Fórmula 1.

Com planos para que a etapa inaugural do próximo campeonato tenha 20 carros, os promotores esperam que o “fator Barrichello” possa convencer outras personalidades a assumirem o volante dos carros de 560 cavalos de potência.

Ao Motorsport.com, o diretor que promove a categoria, Matt Braid, admitiu que está em busca de grandes nomes: “Seria ideal. Com sorte, teremos alguns amigos de Rubens por aqui. A categoria é diferente e isso deverá atrair talentos de todas as partes do mundo, não apenas da Austrália”.

Novas estrelas e 'renovação' com Rubinho

Além da prospecção de outras estrelas do esporte a motor, a S5000 tem em Barrichello uma aposta para a continuidade da categoria. Durante as atividades de Sandown, o brasileiro reiterou que está aberto a retornar ao campeonato em Melbourne no próximo ano.

De acordo com Chris Lambden, um dos gestores da S5000, a volta de Rubinho depende basicamente de patrocínio. “Nós só precisamos fazer um acordo comercial”, ponderou Lambden ao Motorsport.com.

“Desta vez, a organização se responsabilizou pela viagem de Barrichello, por razões óbvias. Mas como temos um bom tempo até a etapa de 2020, eu adoraria ajustar as coisas para trazê-lo de volta", completou.

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Qualquer acordo também depende das datas em que Barrichello estará com a agenda livre, já que o brasileiro compete em outras categorias, especialmente a Stock Car. Mas não será por falta de motivação que um acerto deixará de acontecer.

O piloto brasileiro deixou claro o quanto é apaixonado por desafios como o que encontrou na Austrália. “Eu adorei o que vi”, disse Barrichello ao Motorsport.com. “Me senti cada vez mais confortável a cada vez que entrei no carro”.

“Pilotar é muito emocionante. Meu coração ainda bate de forma positiva com tudo isso. Outro dia eu disse para o meu filho Dudu: ‘talvez eu deva parar de andar de kart, estou ficando velho’. Ele me respondeu: ‘Se eu fosse rápido como você, nunca pararia'. Então nunca vou parar", completou Rubinho, cuja carreira você relembra abaixo:

1993: Jordan, 18º no campeonato (2 pts). Barrichello esteve na F1 entre 1993 e 2011, com 326 participações e 322 largadas. É o recordista absoluto na história da categoria.
1994: Jordan, 6º no campeonato (19 pts). Com passagens por Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams, Barrichello conquistou 11 vitórias na carreira - é o 27º na história, empatado com Felipe Massa e Jacques Villeneuve.
1995: Jordan, 11º no campeonato (11 pts).
1996: Jordan, 8º no campeonato (14 pts)
1997: Stewart, 13º no campeonato (6 pts)
1998: Stewart, 12º no campeonato (4 pts)
1999: Stewart, 7º no campeonato (21 pts)
2000: Ferrari, 4º no campeonato (62 pts). A primeira vitória na F1 veio na Alemanha, em 2000. Largando de 18º, Barrichello conseguiu a terceira maior recuperação da história da categoria, ficando atrás apenas de John Watson (22º - EUA, 1983) e Bill Vukovich (19º - Indy 500, 1954).
2001: Ferrari, 3º no campeonato (56 pts)
2002: Ferrari, vice-campeão (77 pts)
2003: Ferrari, 4º no campeonato (65 pts)
2004: Ferrari, vice-campeão (114 pts)
2005: Ferrari, 8º no campeonato (38 pts). O brasileiro foi 68 vezes ao pódio.
2006: Honda, 7º no campeonato (30 pts)
2007: Honda, 20º no campeonato (0 pts)
2008: Honda, 14º no campeonato (11 pts)
2009: Brawn, 3º no campeonato (77 pts). Foram 21 poles na F1.
A última vitória de Barrichello na F1 foi no GP da Itália de 2009.
Desde então, o Brasil não esteve mais no topo do pódio.
2010: Williams, 10º no campeonato (47 pts)
2011: Williams, 17º no campeonato (4 pts)
2012 (Indy): KV, 12º no campeonato (289 pts)
2013 (Stock Car): Full Time, 8º no campeonato (120 pts)
2014 (Stock Car): Full Time, campeão (234 pts)
2015 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (188 pts)
2016 (Stock Car): Full Time, vice-campeão (295 pts)
2017 (Stock Car): Full Time, 5º no campeonato (251 pts)
2018 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (242 pts)
2019 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (206 pts)*
*Campeonato em andamento
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