Porsche Cup: Paludo celebra vitória em meio a ano “abaixo do padrão que espera de si mesmo”
Apesar dos pódios conquistados neste ano, Paludo defende que seu objetivo é vencer ou lutar por vitórias
A vitória na corrida da Carrera em Goiânia neste sábado ficou com alguém que sabe muito bem o que é vencer na Porsche Cup Brasil: Miguel Paludo. Mas, para um dos maiores vencedores da história da categoria, o triunfo deste sábado ganha um sabor a mais em meio a um ano abaixo do que ele determina para si próprio.
Largando da quinta posição, Paludo aproveitou a ausência de Rodrigo Mello, que sairia em terceiro, mas acabou recolhendo o carro aos boxes antes do apagar das luzes, o hexacampeão da Porsche Cup deu um salto na largada, assumindo a liderança em cima de Werner Neugebauer e Enzo Elias na chegada à primeira curva.
Mesmo com algumas aproximações de Elias, Paludo fez uma prova controlada, liderando até o fim para vencer.
“Assim como eu perdi várias largadas saindo da frente, por ser uma posição muito difícil, hoje eu tive o timing exato de acelerar, e o Werner ficou preocupado com o Enzo, várias coisas aconteceram ao meu favor para que eu pudesse buscar a vitória largando de quinto”.
“Eles não contaram que eu fosse atacar por dentro, e eu acabei tendo a preferência da curva um, na entrada do miolo, e isso explica boa parte da vitória. O ritmo de corrida também foi importante, porque o safety car era algo que não contávamos, mas a temperatura mais baixa de hoje ajudou, com o pneu não perdendo tanta calibragem”.
Paludo destaca como que a vitória deste sábado dá uma oxigenada a uma temporada atípica do piloto, acostumado a vencer.
“Com certeza. Depois de duas temporadas na 4.0 com múltiplas vitórias por ano a expectativa era enorme com o novo carro, pelo nosso sucesso no modelo anterior. E eu tinha tudo para começar com o pé direito”.
“E olha que não foi um ano ruim, tive dois P3 em Goiânia, outros resultados significativos, mas nunca no padrão que eu espero de mim mesmo, de vencer, lutar por vitórias”.
E enquanto o começo da etapa argentina trouxe de volta o que ele esperava de si próprio, as batidas comprometeram seus resultados, e pareciam que impactariam também a etapa de Goiânia.
“Na Argentina achamos a velocidade do carro e eu terminei com a pole na Sprint e na Endurance. Tanto que em uma das corridas eu vim de último para sétimo. E aí as batidas acabaram mudando, tudo que fazíamos no carro ele não respondia”.
“Voltamos com os ajustes do início do ano, sem sucesso. E aí largando de quinto o objetivo era de salvar a etapa. Mas quando as coisas encaixam como hoje eu pude fazer o que eu aprendi, de administrar pneus, manter ritmo forte e não errar”.
Mas agora, Paludo passa a ver a temporada com outros olhos: “A vitória nos dá muita confiança, em mim e na equipe pensando para amanhã. Quem sabe amanhã não seja mais um grande dia”.
Veja como foram as corridas de sábado da Porsche Cup em Goiânia:
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