'Vítima' do Velopark, Átila critica reformas "em cima da hora"

Piloto da Shell V-Power na Stock Car bateu forte na primeira etapa da temporada 2019 e ficou de fora da rodada seguinte

Categoria máxima do automobilismo brasileiro, a Stock Car retoma suas atividades neste fim de semana, em mais uma etapa no Velopark. Sede da abertura da temporada 2019, o circuito gaúcho foi palco do acidente mais grave do campeonato deste ano: após bater com violência durante um treino, Átila Abreu fraturou a vértebra e perdeu a rodada seguinte, no Velo Città.

Cinco meses depois, a Stock volta aos arredores de Porto Alegre, em Nova Santa Rita, mas a pista tem novidades. Justamente onde o piloto da Shell V-Power escapou antes de se chocar contra a barreira de pneus. Foram retiradas algumas das 'salsichas' da zebra da curva. Para 'substituir', houve a colocação de cones. Átila, porém, criticou com veemência as reformas "em cima da hora".

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"Me assusta o fato de terem começado as obras apenas na sexta-feira da semana anterior à corrida, ainda mais considerando que a outra etapa foi no começo de abril. E tirar as salsichas para colocar os cones não ajuda. Você não mata a velocidade e os cones não são nada para um carro como o nosso", disse o sorocabano, com exclusividade ao Motorsport.com.

"Você faz aquela curva em quarta marcha, então é preciso aumentar o ângulo e diminuir a velocidade para reduzir os riscos de acidente. As reformas vão no sentido contrário disso, não entendi a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). E eles [CBA] não me consultaram, não pediram opinião para ninguém. Fazem as coisas de forma unilateral", criticou Átila.

"A obra é feita em cima da hora, a CBA não conversa com os pilotos e fez o trabalho errado. E o argumento financeiro não vale, porque o prejuízo de uma batida fica na casa dos R$ 250 mil, então é muito maior que o custo da reforma. Fora a exposição ao risco, não só da minha parte, mas também dos outros. Me assusta esse tipo de coisa".

Procurada pelo Motorsport.com, a Confederação Brasileira de Automobilismo não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos.