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Barrichello relata experiência “única” na Austrália e quer voltar em preliminar da F1

Fazendo parte da prova inaugural de nova categoria de monopostos australiana, Rubinho não descartou participação na corrida que acompanhará F1 em 2020

Rubens Barrichello em Cascavel

Entre a etapa do Velopark, no meio do mês de setembro, e Cascavel, neste fim de semana, Rubens Barrichello voltou a correr em monopostos após sete anos, fazendo parte da corrida inaugural da S5000, a nova categoria da Austrália.

Rubinho acabou na segunda colocação na corrida principal, mas mais do que o resultado, o piloto que ainda é o recordista de provas da F1 destacou o ambiente em Sandown durante o fim de semana.

“Eu adorei”, disse Barrichello com exclusividade ao Motorsport.com. “Em todo momento, antes de corrida e dos treinos havia uma euforia. Eu estava um pouquinho pensativo ‘será que eu vou andar bem, será que não?’, mas tivemos mesmo aquela euforia.”

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A euforia e a emoção de voltar a um carro que tomou grande parte de sua carreira começou antes mesmo do pontapé inicial oficial da categoria, quando fez os primeiros testes com o novo carro.

“Quando testei em Phillip Island, foi mágico, porque o carro acelerava bastante e o corpo meio que desacostuma, mas a adaptação foi rápida. Logo, eu me via falando assim: ‘o carinha não tem 47 anos não, está com a juventude em dia’, e acho que durante as provas, foi acontecendo muitas coisas boas.“

E comentou como estava se sentindo durante os treinos e as provas: “O acerto do carro foi mudando, se eu refizesse aquela prova, eu teria optado por algumas situações diferentes, mas como era a primeira e todo mundo estava querendo conhecer as coisas, eu fui mais aberto do que eu realmente sou, para aprender, e foi muito legal. Foi único.”

Quem está acostumado a visitar a Stock Car tem a possibilidade de participar das visitações aos boxes no dias das provas e normalmente o espaço reservado a Rubinho para autógrafos e selfies é o mais requisitado. Do outro lado do mundo, o cenário não foi diferente.

“Eu diria que mais de duas mil pessoas passaram pelo box da S500. Assim como acontece na Stock Car, teve que ter uma cerquinha, porque tinha muita gente, com muitos brasileiros também. Foi uma emoção muito grande e se tiver convite de novo, eu tô dentro.”

A S5000 pretende ser uma das corridas preliminares do GP da Austrália de 2020. Caso receba o convite para nova participação, Barrichello reencontrará o ambiente em que esteve tão acostumado na sua carreira, e de uma maneira diferente de quando faz visitas às provas da F1.

“Visitar a F1 é sempre muito importante. Eu estarei no México, porque meu filho vai correr de F4 na preliminar, então eu revejo todo mundo, mas Melbourne é uma pista muito especial, sempre gostei muito de Albert Park, especialmente as curvas 10 e 11 que são especiais, com muros muito pertos. Se pintar o convite e não tivermos corrida da Stock Car, com certeza estarei lá.”

Quando perguntado se nova experiência nos monopostos havia rejuvenescido o piloto de 47 anos, Barrichello falou sobre como as “pauladas” da vida o ajudam.

“A minha vida é um renascer a cada dia. Quando você toma uma paulada, mas você olha isso como uma forma de aprendizado, você cresce, e em todo crescimento você tem uma melhora. Sou muito grato pelas pauladas que tomei para poder me reerguer. Essas situações de kart, de filhos, corridas, monopostos e carros de turismo me faz sempre mais jovem. Um dia a idade vai chegar, mas graças a Deus ainda não chegou.”

Relembre a carreira de Rubens Barrichello

1993: Jordan, 18º no campeonato (2 pts). Barrichello esteve na F1 entre 1993 e 2011, com 326 participações e 322 largadas. É o recordista absoluto na história da categoria.
1994: Jordan, 6º no campeonato (19 pts). Com passagens por Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams, Barrichello conquistou 11 vitórias na carreira - é o 27º na história, empatado com Felipe Massa e Jacques Villeneuve.
1995: Jordan, 11º no campeonato (11 pts).
1996: Jordan, 8º no campeonato (14 pts)
1997: Stewart, 13º no campeonato (6 pts)
1998: Stewart, 12º no campeonato (4 pts)
1999: Stewart, 7º no campeonato (21 pts)
2000: Ferrari, 4º no campeonato (62 pts). A primeira vitória na F1 veio na Alemanha, em 2000. Largando de 18º, Barrichello conseguiu a terceira maior recuperação da história da categoria, ficando atrás apenas de John Watson (22º - EUA, 1983) e Bill Vukovich (19º - Indy 500, 1954).
2001: Ferrari, 3º no campeonato (56 pts)
2002: Ferrari, vice-campeão (77 pts)
2003: Ferrari, 4º no campeonato (65 pts)
2004: Ferrari, vice-campeão (114 pts)
2005: Ferrari, 8º no campeonato (38 pts). O brasileiro foi 68 vezes ao pódio.
2006: Honda, 7º no campeonato (30 pts)
2007: Honda, 20º no campeonato (0 pts)
2008: Honda, 14º no campeonato (11 pts)
2009: Brawn, 3º no campeonato (77 pts). Foram 21 poles na F1.
A última vitória de Barrichello na F1 foi no GP da Itália de 2009.
Desde então, o Brasil não esteve mais no topo do pódio.
2010: Williams, 10º no campeonato (47 pts)
2011: Williams, 17º no campeonato (4 pts)
2012 (Indy): KV, 12º no campeonato (289 pts)
2013 (Stock Car): Full Time, 8º no campeonato (120 pts)
2014 (Stock Car): Full Time, campeão (234 pts)
2015 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (188 pts)
2016 (Stock Car): Full Time, vice-campeão (295 pts)
2017 (Stock Car): Full Time, 5º no campeonato (251 pts)
2018 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (242 pts)
2019 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (206 pts)*
*Campeonato em andamento
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