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Barrichello revela "lado mecânico" em gerenciamento da carreira de filho e mira Europa

Piloto fala de relação com Eduardo Barrichello, o Dudu, que hoje compete na USF2000, categoria de acesso à Indy

Rubens Barrichello e Dudu Barrichello

Na história do automobilismo brasileiro e mundial há inúmeros casos bem-sucedidos de paixão pelas corridas entre pais e filhos, com vitórias e títulos das duas gerações. Com Rubens Barrichello não é diferente, com pelo menos um dos filhos tentando seguir os passos do pai (relembre carreira do piloto na galeria abaixo).

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Atualmente, Eduardo Barrichello, o Dudu, compete nos Estados Unidos, na USF2000, uma das categorias de acesso à Indy. Mas se engana aquele que pensa que o jovem terá um cenário diferente em comparação ao pai, que ficou apenas uma temporada na principal categoria de monopostos dos Estados Unidos.

“O Dudu não está no caminho da Fórmula Indy ou de Fórmula 1. Ele está correndo nos Estados Unidos porque moramos lá e há uma facilidade com isso”, disse Barrichello em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil.

Barrichello demonstra que tenta deixar Eduardo e Fernando Barrichello livres para escolherem seus destinos, dentro ou fora do esporte a motor.

“Apesar da pouca idade (18 anos), ele começou tarde. Eu nunca desejei que meus filhos quisessem algo por minha causa. Eu sempre deixei muito claro que a dedicação é um trabalho árduo para você ser um esportista de classe A. Eu passo isso muito a eles. Se eles seguirem esses passos, eles têm que se dedicar por eles mesmos.”

“Não tenha dúvida de que o nome pode abrir algumas portas, mas para mim, é uma satisfação poder ver a alegria do Eduardo na corrida, e do Fernando também, mas ele deu um tempinho agora porque está se dedicando mais ao futebol. Para mim, fazendo esporte está tudo certo.”

“Durante um fim de semana de corrida do Eduardo, eu tenho que ter paciência para não dar continuidade à minha carreira perante meu filho. Eu tenho que simplesmente estar lá como pai, e quando posso – quando me perguntam ou quando acho que terá uma influência positiva - eu dou um pitaco em acerto de carro.”

E relatou um caso impensado para um recordista de provas da F1 e campeão da Stock Car: “Em Toronto, ele bateu e não ia dar tempo de trocar (as peças), porque só tinha um mecânico no carro, e eu acabei trocando todos os extensores da suspensão traseira. Depois fiquei amargurado e me perguntando: ‘será que eu apertei direito?’ eu posso ter acabado com a corrida do meu filho.”

“É aquela coisa de paixão por um cidadão que se chama Eduardo, que realmente me emociona, que tem um talento muito grande, mas ele tem lutas diferentes das minhas. Eu só tento dar a ele aquilo que posso dar para ele ter os melhores resultados e evoluir.”

A sequência da carreira de Eduardo pode ganhar novos ares no próximo ano, atravessando o Atlântico.

“Estamos pensando em ir para a Europa no ano que vem. Eu vou abrir várias portas em várias fronteiras. Estamos com uma situação de patrocinadores, então estou tentando conversar com muita gente. A gente deve fazer alguns testes na Europa neste ano para poder seguir com a carreira dele.”

Uma carreira a se inspirar

Dudu Barrichello tem como pai o atual recordista de provas de F1, além de passagens pela Indy e provas de endurance. Rubinho coleciona o título de 2014 da Stock Car e histórias para dar e vender. Confira todos os carros que o brasileiro utilizou e algumas curiosidades na galeria abaixo.

1993: Jordan, 18º no campeonato (2 pts). Barrichello esteve na F1 entre 1993 e 2011, com 326 participações e 322 largadas. É o recordista absoluto na história da categoria.
1994: Jordan, 6º no campeonato (19 pts). Com passagens por Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams, Barrichello conquistou 11 vitórias na carreira - é o 27º na história, empatado com Felipe Massa e Jacques Villeneuve.
1995: Jordan, 11º no campeonato (11 pts).
1996: Jordan, 8º no campeonato (14 pts)
1997: Stewart, 13º no campeonato (6 pts)
1998: Stewart, 12º no campeonato (4 pts)
1999: Stewart, 7º no campeonato (21 pts)
2000: Ferrari, 4º no campeonato (62 pts). A primeira vitória na F1 veio na Alemanha, em 2000. Largando de 18º, Barrichello conseguiu a terceira maior recuperação da história da categoria, ficando atrás apenas de John Watson (22º - EUA, 1983) e Bill Vukovich (19º - Indy 500, 1954).
2001: Ferrari, 3º no campeonato (56 pts)
2002: Ferrari, vice-campeão (77 pts)
2003: Ferrari, 4º no campeonato (65 pts)
2004: Ferrari, vice-campeão (114 pts)
2005: Ferrari, 8º no campeonato (38 pts). O brasileiro foi 68 vezes ao pódio.
2006: Honda, 7º no campeonato (30 pts)
2007: Honda, 20º no campeonato (0 pts)
2008: Honda, 14º no campeonato (11 pts)
2009: Brawn, 3º no campeonato (77 pts). Foram 21 poles na F1.
A última vitória de Barrichello na F1 foi no GP da Itália de 2009.
Desde então, o Brasil não esteve mais no topo do pódio.
2010: Williams, 10º no campeonato (47 pts)
2011: Williams, 17º no campeonato (4 pts)
2012 (Indy): KV, 12º no campeonato (289 pts)
2013 (Stock Car): Full Time, 8º no campeonato (120 pts)
2014 (Stock Car): Full Time, campeão (234 pts)
2015 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (188 pts)
2016 (Stock Car): Full Time, vice-campeão (295 pts)
2017 (Stock Car): Full Time, 5º no campeonato (251 pts)
2018 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (242 pts)
2019 (Stock Car): Full Time, 3º no campeonato (137 pts)*
*Campeonato em andamento
29
In this article
Erick Gabriel
Stock Car
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