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CBA esclarece por que barrou Lukas Moraes na Stock Car

Diretor de prova da categoria e chefe da equipe Hot Car falam de impasse que impediu piloto do Blancpain GT de correr no Velo Città

Lukas Moraes comemora vitória

A Stock Car desembarca neste final de semana no Velo Città, próximo a cidade de Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo. E, nos bastidores, um pequeno mal entendido deu o tom do início das atividades.

O paulista Lukas Moraes, vice-campeão da Fórmula 3 Brasil em 2014 e vencedor de corridas no Brasileiro de Turismo (atual Stock Light), teve negada sua licença para correr a etapa deste final de semana no lugar do argentino Bebu Girolami, com outro compromisso profissional nesta data, na equipe Hot Car.

Após assegurar a vaga, o piloto do Blancpain GT na Europa não conseguiu mudar sua licença de piloto de corridas B para Máster – única possível para se competir na Stock Car.

“Isso é bem simples”, disse Mirnei Antônio, diretor de provas da categoria, ao Motorsport.com.

“Faz anos que os requisitos estão no código desportivo. A Stock Car tem a exigência dessa licença diferente em função da característica de pilotagem, do risco e da velocidade. Tudo isso para, obviamente, preservar a segurança do piloto. O piloto precisa de um currículo, e no Codigo Desportivo (CDA) está muito bem explicado. O piloto precisa ter graduação e experiências comprovadas – ser campeão e ter andado em categorias internacionais. Qualquer um pode acessar isso.”

No entanto, apesar de Moraes ter sido vice-campeão de Formula 3 Brasil, o paulista não possuía até o momento – mesmo tendo direito – a licença A, que lhe daria a possibilidade de subir para Máster tendo como base uma avaliação em seu currículo de resultados.

O regulamento diz no capitulo cinco, seção sete: “excepcionalmente, a CBA poderá aprovar a emissão de uma Licença Máster com base na avaliação do currículo do piloto, sendo indispensável que o Piloto requerente possua Graduação PGC”A” ou tenha direito a mesma. Neste caso a decisão da CBA será incontestável”.

Moraes publicou em suas redes sociais sua insatisfação com o ocorrido:

 

Procurado pelo Motorsport.com, o chefe da equipe Hot Car, Amadeu Rodrigues, lamentou o ocorrido, mas entende os dois lados. Segundo ele, Moraes não pediu sua carteira A, e com isso foi obrigado a não correr.

“Na verdade, fiquei bem chateado. Ele estava pronto, o carro estava pronto, adesivado e o banco feito”, iniciou.

“No meu ver, quando ele foi vice-campeão de Fórmula 3 Brasil, teria o direito de ter carteira A. Por algum motivo ele não tinha esta carteira, tinha a carteira B. Aí a CBA não quis mudar a carteira dele de B para A e de A para Máster.”

“Da minha parte eu fico super chateado, e não tenho como questionar nem um e nem outro. Na minha opinião, ele tem condições de correr. Só que o trâmite legal do B para o A e depois o Máster é que deu este problema.”

Para Amadeu, a ida para a Europa pode ter feito Moraes não ter a qualificação.

“O Lukas está questionando uma coisa certa, porque ele é A. Só que ele não tem a carteira de A. Se ele fosse A – se tivesse essa carteira – não teria nenhum problema. E ele tem competência e resultados que permitam que ele seja Máster. O problema é que o trâmite não foi feito da forma certa, e aí não sei por quem. Foi alguém ligado a ele. Ele foi pra fora, no Blancpain GT, e lá ele é Silver, por isso não precisaria da carteira A daqui. Mas fico chateado. A Stock Car precisa de gente jovem e renovação, e ele é muito competente.”

O paranaense Ricardo Sperafico estará no segundo carro da Hot Car neste final de semana.

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