Em 2º, Rubinho se emociona ao lembrar saúde: “é uma vitória”
Junto ao português Filipe Albuquerque, piloto da Full Time se aproveita de condições mistas para retornar com tudo após susto
A vitória de Daniel Serra e João Paulo de Oliveira na Corrida de Duplas da Stock Car, disputada debaixo de chuva e com muitos incidentes neste sábado (10), foi fortemente ofuscada pela superação de Rubens Barrichello.
Aos 45 anos de idade, ele sofreu um problema cerebral no início do ano enquanto estava em Orlando, nos EUA, onde reside atualmente. Barrichello ficou uma semana e meia internado em um hospital se recuperando do susto, que poderia ter acarretado sequelas para o recordista de GPs na história da Fórmula 1, o impedindo de retornar às competições.
Porém, o campeão da Stock Car de 2014 voltou, como ele mesmo diz, “zerado” e provou na Corrida de Duplas que ainda pode competir em alto nível, conquistando ao lado de Filipe Albuquerque um belo e merecido segundo lugar.
“Eu tinha certeza que seria muito bom”, disse ele depois da prova ao Motorsport.com em Interlagos.
“Para mim é uma vitória estar aqui. Queria agradecer aos meus amigos e minha família – que sofreu mais do que eu. Eu sofri uma dor imensa por uma hora e 40 minutos, mas os que me amam sofreram muito mais do que isso. É uma vitória estar aqui. Estou muito bem fisicamente, estou mais forte do que nunca. É uma vitória.”
“O Filipe (que iniciou a prova) guiou o que a gente sabe que ele pode guiar, deixando o carro com segurança ali na frente na chuva. A gente viu tanta gente escapando no molhado, e nós estávamos com problemas nos pneus traseiros. Eu falei para o ‘Mau Mau’ (Maurício Ferreira, chefe da Full TIme) para nós arriscarmos o slick – que o Safety Car acabou retirando a vantagem. Dava para ter entrado um pouco antes até e ter feito isso.”
“Eu precisava me livrar logo do tráfego. Eu não sei por que não relargamos com os carros que estavam disputando as primeiras posições apenas, mas não vamos falar do negativo. Para mim estar aqui é uma vitória. Teria ganho? Nós fizemos a melhor volta. Isso mostra que poderíamos, sim. Mas a vida de um esportista de alto nível não tem ‘se’.”
“Mas eu tive muito medo de não estar aqui. Mas, estando aqui e lutando da maneira que lutei, é grandioso.”
"Chorei muito ali (no final). Perguntei aos meus filhos se eles tinha vergonha de ter um pai chorando. Eles falaram que não. Eu quis mostrar que a emoção é coisa mais gostosa que a gente pode sentir. Tem gente que chora mais, tem gente que chora mesnos. Eu voltei do hospital mais forte, mais rápido, só que mais chorão."
Piloto do IMSA e parceiro de Barrichello, Filipe Albuquerque exaltou o trabalho do parceiro após “honra” de ter sido chamado.
“Eu fiquei muito impressionado depois que recebi a chamado do Rubinho”, falou.
“Ele me disse: ‘olha, estou saindo do hospital e quero você para correr comigo’. Obviamente fiquei bem, feliz porque já tinha visto várias corridas dele na Fórmula 1. Foi uma grande honra. Vim logo e me habituei ao carro.”
“Desde os primeiros treinos me senti bem, e o Rubinho finalizou com nota dez e tudo foi brilhante.”
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