Fogo de chão e cerveja: gaúchos assistem Stock Car “de casa”
Amantes do automobilismo em motorhomes tomam conta do circuito de Santa Cruz do Sul a cada corrida.
Assistir à uma prova de um autódromo para a maior parte das pessoas consiste em chegar, procurar um lugar na arquibancada, ver a corrida e ir embora. Mas não é assim para muitos dos gaúchos em Santa Cruz do Sul. Atrás da curva 1 (e em boa parte das redondezas do circuito), há uma grande aglomeração de traileres, barracas e motorhomes. Os fãs chegam ainda durante a semana, se instalam e aproveitam toda a ação de pista.
Luiz Carlos Back, dono de uma fábrica de vassouras, marca presença no autódromo desde 2005. Desta vez ele aproveitou para trazer o filho para a corrida. O menino jogava videogame com os amigos dentro de um ônibus enquanto ele fazia o que todo gaúcho adora: assar churrasco e beber cerveja.
“Sempre gostei muito de automobilismo”, conta.
“Estive aqui na inauguração do autódromo, sempre vim. Das últimas vezes fiz serviços para o pessoal da imprensa, que vinha a trabalho”, disse Back, que também atua como motorista freelancer.
“Sempre chamei esse pessoal que trabalha para vir para cá conhecer nossa turma. Mas trabalhando ou ficando aqui, sempre gosto de participar do evento.”
Ele só lamenta o fato de a organização da Stock Car, por motivos comerciais, só permitir a entrada de cervejas da Schin - sua parceira de naming rights. “Revistaram todos os carros. Trouxemos essa, não dava para arriscar ficar sem 20 engradados”, falou.
Na mesma turma, Beto Jacobs comemora a nova conquista de outro amigo: um ônibus com oito camas. “Na Fórmula Truck estaremos aqui de novo. Vamos fazer mais duas camas de beliche e, quando tiver cavalgada, vamos conseguir colocar os cavalos. Se você subir aqui em cima, enxerga o circuito inteiro.”
Fã, Beto mostra empolgação com o evento. “No domingo sempre vem muita gente. E principalmente com o clima ajudando desta vez. Vamos ter bastante corrida. Fórmula 3, Mercedes, Turismo e Stock Car. A gente que gosta de corrida, aproveita.”
“A gente faz amizade aqui. O pessoal que vem das cidades próximas se reúne para fazer o fogo de chão à noite. Quem está aqui é apaixonado, gosta mesmo.”
Corroborando o que Beto disse, muitos ali utilizavam bonés de pilotos, como Rubens Barrichello, Cacá Bueno e Júlio Campos. A ligação da Stock Car com o estado do Rio Grande do Sul data de bem longe. Em 1979, o estado - mais precisamente a pista de Tarumã - sediou a primeira corrida da que viria ser a maior categoria do Brasil.
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