O que o grid da Stock pensa da punição a Cacá Bueno?
Motorsport.com entrevista alguns dos principais pilotos da categoria para saber se acreditam em exagero da CBA.
Com Cacá Bueno e seu chefe de equipe Andreas Mattheis impedidos de comentar o episódio de Ribeirão Preto por questões jurídicas, o Motorsport.com foi saber de alguns dos principais pilotos da categoria o que eles pensam da punição que foi dada ao pentacampeão da equipe Red Bull.
O carioca foi penalizado com a suspensão por uma corrida após ter ofendido a CBA pelo rádio ao término da corrida 1 em Ribeirão Preto, segunda etapa do ano. O piloto chamou a entidade de “bando de imbecis”.
Felipe Fraga: “Prefiro não me meter tanto, mas acho que isso que querem aplicar ao Cacá é meio duro. Acho que eles poderiam ter causado um acidente grave se tivesse entrado um caminhão na pista, um guincho ou outra coisa. Inclusive pessoas entraram na pista logo depois que eles passaram dos boxes. Poderia ter acontecido uma coisa muito pior e poderia ter sido para o lado da CBA, não do Cacá. Sem querer proteger o Cacá, falo pelos pilotos. Acho que tinham de rever o que vai acontecer, mas essa decisão não está nas nossas mãos.”
Thiago Camilo: “Não cabe a mim julgar, não sou membro da CBA para saber exatamente o que estão acusando. Acho que existem poderes e isso precisa ser respeitado. Não sei de que forma entenderam aquilo, mas se ele foi julgado e foi punido acredito que existam pessoas mais capacitadas para fazer esse julgamento do que eu. Se foi punido, acho que deve cumprir. Mesmo com esse efeito suspensivo. Temos uma dificuldade grande em alguns momentos com a CBA, mas estamos nos esforçando para melhorar, o que não quer dizer que podemos colocar os caras na forca. Xingar no rádio não é a maneira mais legal.”
Marcos Gomes: “Acho que só uma multa em um valor relativamente alto em dinheiro resolveria. Mas tem histórico de piloto na Fórmula Truck [Beto Monteiro] que fez relativamente a mesma coisa [xingou comissários em Cascavel no ano passado] e tomou uma suspensão de uma corrida. Não tenho tanta opinião, deixo para eles julgarem. Mas uma corrida é um prejuízo muito grande para o Cacá. Vamos torcer para que ele consiga reverter a situação e corra de novo. Acho que a punição deveria ser revista.”
Júlio Campos: “Temos sempre que nos policiar sobre o que a gente fala mesmo. Acho que a CBA tem que se entender sobre o que eles querem fazer. Obviamente os pilotos acham que não poder fazer uma etapa é muito taxativo, então esperamos que o pessoal reveja isso, porque é ruim para um piloto ficar uma etapa sem correr. Só os dois [Cacá e Gomes] podem falar sobre isso porque só os dois participaram. A gente sabe que numa pista de rua é perigoso. Às vezes há alguém trabalhando no evento que atravessa para dentro da pista. Acontece. Mas não sei, somente os dois estavam ali e só eles pra saber o que estava acontecendo.”
Popó Bueno: “Não vou ficar em cima do muro. Numa situação como essa, estou do lado do Cacá. E se ele faz uma besteira ou não, sou o primeiro a puxar a orelha dele internamente. Acho que o Cacá tem toda razão. Eu, como piloto, entendo que é uma situação de desabafo. Por mais que o rádio seja gravado, é uma conversa particular entre pilotos e equipes. Eles não gravaram as conversas do treinos, tem coisa muito pior. Não é pela questão da CBA, estamos ali com a adrenalina muito alta, a gente fala sempre como se estivesse de cabeça quente. Dentro de um carro é sempre muito difícil de manter a calma.”
“Então o Cacá fez um desabafo para a equipe e a transmissão usou aquilo de uma forma para prejudicar. Para que se criasse uma polêmica e acabou criando, acabou acontecendo e acho que não precisava daquilo. A transmissão achou uma oportunidade de criar uma polêmica, de contar uma história diferente. Aquilo foi muito prejudicial para o Cacá, então espero que ele consiga reverter isso. Foi injusto.”
Átila Abreu: “Quando olhamos os fatos, tudo começou com um erro da CBA. E não é a primeira vez que isso acontece. Eles erraram. E para quem errou qual foi a penalização? Não teve. Quem causou o problema foram eles e ninguém tomou punição nenhuma. Os comissários são os mesmos e o diretor de provas é o mesmo. Quer dizer, a regra não é igual para os dois lados. Piloto erra e leva punição, comissário não. É arbitrário. É como se eu estivesse no meu box, falasse algo para o meu chefe de equipe e alguém entrasse lá com um gravador.”
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