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Stock Car chega ao Velopark com pacote que busca superar obstáculos e aumentar o equilíbrio

Depois de manifestação de Bruno Baptista em Cascavel e especulações sobre diferenças entre montadoras, categoria desembarca no Rio Grande do Sul com a implementação de novidades

Gabriel Casagrande lidera pelotão

Neste fim de semana, a Stock Car Pro Series chega à região de Porto Alegre para a terceira rodada de 2025, no circuito do Velopark, em Nova Santa Rita, chegando o principal torneio do automobilismo nacional com novidades à etapa em solo gaúcho.

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No Velopark, será introduzido o primeiro pacote de atualizações dos novos carros -- Chevrolet Tracker, Toyota Corolla Cross e Mitsubishi Eclipse Cross. O objetivo, além de resolver os contratempos técnicos que têm desafiado as equipes nesta 'nova era', é equilibrar ainda mais o pelotão. Ademais, instaura-se novamente ao top 6 do campeonato de pilotos o "lastro de sucesso", que impõe peso extra ao líder Felipe Fraga (30kg no Eclipse Cross da Eurofarma) e aos seus perseguidores mais próximos na tabela.

Fraga é seguido pelo vice-líder Guilherme Salas (25kg no Tracker da Cavaleiro Sports) e, depois, por Gianluca Petecof (20kg no Eclipse Cross da Car Racing), Felipe Baptista (15kg no Eclipse Cross da Car Racing), Allam Khodair (10kg no Eclipse Cross da Blau) e Daniel Serra (5kg no Eclipse Cross da Blau).

 

Como se percebe, a parte da frente da tabela de pilotos é composta em sua maioria por competidores equipados pela Mitsubishi, o que levantou especulações sobre a fabricação das 'bolhas' de cada marca. Em Cascavel, já se falava numa superioridade da bolha do Eclipse Cross decorrente de uma diferença de fornecimento, o que levou o Motorsport.com a questionar pilotos e chefes que representam as três montadoras da Stock Car -- cuja responsável técnica Audace reitera igualdade de condições para todos.

Reservadamente, um dos pilotos mais competitivos da Mitsubishi e destaque de 2024 disse que a bolha de cada marca tem seus 'prós e contras', para equilibrar quaisquer diferenças de desempenho oriundas do design distinto de cada montadora na parte da frente do novo carro -- a fonte ressaltou, porém, que o fornecedor das bolhas das três marcas é o mesmo. Por sua vez, o dono de uma escuderia equipada pela Chevrolet disse haver, sim, "diferença" nas bolhas, mas não confirmou qualquer distinção de fornecedor.

Já o chefe de um time equipado pela Toyota, Guiga Gonçalves (Ipiranga Racing), destacou que o foco no Velopark será atingir a plenitude do pacote SUV de 2025. "Os carros estão evoluindo muito no aspecto da montagem e funcionamento. Em Interlagos era difícil dar algumas voltas sem problemas, em Cascavel nossa equipe já conseguiu passar ilesa e creio que, no Velopark, já devemos poder nos dedicar 100% à performance do carro, o que é muito bom", declarou ele em comunicado. Veja abaixo a tabela dos times:

POSIÇÃO PONTOS EQUIPE MONTADORA
1 213  Car Racing KTF Mitsubishi
2 192 Cavaleiro Valda Chevrolet
3 191 Eurofarma RC Mitsubishi
4 162 Blau Mitsubishi
5 126 Full Time Cavaleiro Toyota
6 125 Ipiranga Racing Toyota
7 116 AMattheis Vogel Chevrolet
8 92 Bandeiras Sports Mitsubishi
9 77 Car Racing Sterling Chevrolet
10 65 Scuderia Bandeiras Chevrolet
11 58 RCM Motorsport Mitsubishi
12 56 TMG Racing Chevrolet
13 55 Full Time Sports Toyota
14 45 Scuderia Chiarelli Chevrolet
15 32 Crown Racing Toyota
16 1 RTR Sport Team Chevrolet

Tricampeão e vencedor da Stock Car 2024, Gabriel Casagrande, da AMattheis Vogel (Chevrolet), espera “mais equilíbrio com o pacote de atualização previsto por regra, mas só saberemos na pista se resolveu mesmo”. Chevrolets e Toyotas andarão 5mm mais baixos e 10kg mais leves que os Mitsubishi no Velopark.

O campeão adota tom mais ponderado que Bruno Baptista, da RCM (Mitsubishi). Após problemas no domingo de Cascavel, o piloto fez reclamações acerca dos obstáculos enfrentados. “Tivemos problema de turbina, totalmente diferente do que tivemos no quali. Absurdo o que está acontecendo, um monte de carro com problema, carro que não sai do grid...". Porém, a reportagem apurou com fontes próximas ao caso que algumas das questões citadas foram "pontuais" e originadas nas equipes, não no da Audace.

De todo modo, na mesma entrevista à Band na 2ª etapa do ano, Baptista ressaltou os altos custos: “É uma indignação minha com a Stock, pois não era para estar acontecendo com orçamento de R$ 5,5 milhões que o patrocinador traz". Ao Motorsport.com, em Interlagos, o CEO da Stock Car falou dessas questões.

Lincoln Oliveira explicou: "Alguns atrasos [de fornecedores estrangeiros] aconteceram, o que culminou em alguns problemas. Problemas que estamos resolvendo. A gente teve algumas situações de 'parada eletrônica' e até greve na Receita Federal, o que atrasou os componentes, o fornecimento de peças e a entrega de matéria-prima, insumos para criar outras peças. Ficou muito em cima da hora, mas todos os fornecedores também já estão produzindo peças reservas".

Dada a introdução de novos carros, o Motorsport procurou a fonte ideal para contar como foram outras trocas de veículos na Stock: 12 vezes campeão, Ingo Hoffmann correu na categoria desde seu início, em 1979, até 2008. Ele crava: problemas sempre foram enfrentados em mudanças de carro, mas superados.

Na perspectiva de resolução gradual dos obstáculos e pronto aperfeiçoamento de processos em mais uma 'nova era' da Stock, o trabalho de homologação junto à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) também está em andamento. Cenas dos próximos capítulos neste fim de semana, no Velopark.

Reportagem adicional de Isa Fernandes

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Carlos Costa
Stock Car
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