Stock Car: Confira os números do retorno da categoria ao Rio de Janeiro
Mais de um terço dos pilotos que disputaram a última prova da categoria no Rio de Janeiro, em 2012, seguem no grid atual
Acontece neste final de semana o retorno da Stock Car ao Rio de Janeiro. A terceira etapa da temporada 2022 será disputada neste domingo (10) a partir das 13h20, horário da primeira largada das duas provas que são realizadas em sequência; e o que traz ainda mais expectativa é a nova pista que será o palco da prova: o Aeroporto Internacional RioGaleão – Tom Jobim, na Ilha do Governador.
A última vez que a Stock disputou uma prova no Rio foi em 15 de julho de 2012, no extinto Autódromo Internacional Nelson Piquet em Jacarepaguá. A antiga pista deu lugar ao complexo olímpico da Rio-2016. Na ocasião, a vitória foi de Allam Khodair, defendendo a equipe Vogel, hoje do atual campeão Gabriel Casagrande.
Aquela prova foi a de número 42 da Stock Car em solo carioca e a de número 375 na contagem geral da categoria. Quase 10 anos depois – mais precisamente 3.921 dias -, a principal competição de automobilismo da América Latina retorna à Cidade Maravilhosa para as corridas de número 43 e 44 no Rio e as de 565 e 566 na contagem total.
Entre os 34 pilotos do grid atual da Stock Car Pro Series, 12 (ou 35,3%) participaram daquela prova em 2012: a vitória foi de Allam Khodair (à época pela Vogel, hoje na Blau Motorsport), com Thiago Camilo (então na Ipiranga RCM, hoje na Ipiranga A.Mattheis) em segundo e Ricardo Maurício (Eurofarma-RC) em terceiro. Denis Navarro (Vogel, hoje na Cavaleiro Sports) foi o sétimo colocado, Cacá Bueno (Red Bull, hoje na Crown Racing) o oitavo, Júlio Campos (Carlos Alves Competições, hoje na Lubrax Podium) foi 11º.
Antes de ser tricampeão, Daniel Serra (Red Bull, hoje Eurofarma-RC) foi o 13º colocado, com Galid Osman (Full Time, hoje na Shell V-Power) o 15º, Marcos Gomes (Full Time, hoje na Cavaleiro Sports o 21º, Ricardo Zonta (Gramacho Racing, hoje RCM Motorsport) foi o 24º colocado; Átila Abreu (AMG, hoje na Shell V-Power) e Diego Nunes (Hot Car, hoje na Blau Motorsport) não completaram a corrida.
À exceção dos citados acima, 22 pilotos (64,7% do grid) irão acelerar um Stock Car no Rio de Janeiro pela primeira vez, inclusive pilotos experientes como Rubens Barrichello, Felipe Massa, Nelsinho Piquet, além do atual campeão Gabriel Casagrande.
O traçado montado nas pistas de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional RIOGaleão – Tom Jobim. Em homenagem ao pentacampeão da categoria, o circuito foi batizado de Cacá Bueno, único carioca regular no grid – no fim de semana, ele ganha a companhia do conterrâneo Thiago Vivacqua, que irá estrear pela RKL Competições no carro número 7.
Os atributos do circuito quase o caracterizam como um oval. Das sete curvas, seis são para a direita e apenas uma à esquerda. São 3.226 metros, e neste percurso os pilotos deverão andar em aceleração máxima por cerca de 2.151 metros, ou 64% do tempo de volta, estimado inicialmente em 1min05s.
As simulações sugerem uma média de velocidade na ordem de 175 a 180 km/h, tornando a pista do Circuito Cacá Bueno a segunda mais veloz da temporada – atrás somente do oval de Goiânia, onde a aceleração plena ocorre em 80% do tempo de volta, e a média da volta que deu a pole position a Rubens Barrichello no último dia 19 foi de 193 km/h.
Outro detalhe que as equipes já estão levando muito em consideração é a superfície da pista, 100% de concreto, em vez do asfalto habitual. A principal diferença é o nível de aderência oferecido pelo concreto, mais alto, inclusive em situações de pista molhada.
“Por proporcionar uma aderência maior, o concreto vai permitir frenagens mais fortes a reduções mais rápidas de velocidade e, consequentemente, maior temperatura nos discos e pastilhas de freio”, explicou André Brezolin, engenheiro de projeto da Fras-le e da Fremax, fornecedoras oficiais das pastilhas e discos de freio da Stock Car, materiais que suportam altíssimas temperaturas de trabalho – 840/°C nas pastilhas Fras-le e 720°C nos discos Fremax.
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