Apesar das dúvidas sobre o futuro que já o acompanhavam - e se confirmaram com a saída da Audi da LMP1 - Jarvis foi consistente e teve pontos altos, como o primeiro stint em Fuji e o desempenho no México. O britânico se mostrou um grande nome para qualquer programa de fábrica que surgir no futuro.
Há uma certa ironia em Webber pendurar o capacete em um ano que ele se mostrou mais competitivo do que nunca. Mesmo em Le Mans, ponto fraco no passado, o australiano esteve no ritmo dos companheiros do #1. Na reta final, Webber mostrou força e venceu 4 das últimas cinco provas e encerrou a carreira com um pódio no Bahrein.
Estreante na LMP1, Kobayashi não demorou a mostrar velocidade, mas levou tempo para se consolidar como piloto de endurance. Mas a evolução veio e foi coroada com um stint final consistente e veloz em Fuji, dando à Toyota a primeira vitória no WEC desde 2014.
Após uma campanha inconstante em 2015, Duval voltou à boa forma nesta temporada. As boas performances nos EUA e no México, além da velocidade no final da prova em Fuji, faz com que se lamente que o francês tenha ficado sem lugar para 2017. Será uma pena se Duval não tiver outra oportunidade de brilhar no patamar mais alto do endurance mundial.
A quieta força motriz por trás do desenvolvimento do 919 Hybrid superou o início de temporada claudicante do #1 e, com um grande trabalho interno, ajudou o carro a vencer quatro das últimas cinco etapas da temporada. Se existe alguém que você quer na sua equipe para desenvolver o carro, esse alguém e Bernhard.
Mesmo com os problemas mecânicos na Toyota recaindo na maior parte das vezes sobre o #5, Buemi pilotou muito bem em 2016. Membros da equipe destacam a maturidade adquirida pelo suíço nas duas últimas temporadas e há poucas dúvidas de que ele é um dos pilotos mais talentosos em atividade no WEC e pode repetir a campanha vitoriosa de 2014 a qualquer momento.
Apesar de ter terminado uma temporada sem vitórias pela primeira vez no WEC, Lotterer foi de longe o mais veloz e confiável piloto no #7, ainda que em muitas oportunidades ele não tenha mostrado o máximo - pois ajudou os companheiros do #8 na briga pelo título. Espera-se que, com a mudança para a Porsche, todo o potencial do alemão volte à tona.
Jani foi o único a permanecer do trio campeão da temporada 2016, o que diz muito sobre a superioridade do suíço em relação aos ex-companheiros de equipe. Em classificações, não foi anormal ver Jani fazer tempos competitivos e o carro ficar para trás na média quando Lieb ou Dumas assumiam o volante. Em Le Mans, única corrida na qual o sistema não é utilizado, foi a volta de Jani que colocou o #2 na frente. Na corrida, o stint final do piloto foi impressionante. Ao lado de Lotterer e Tandy, Jani deve formar um dos trios mais fortes de 2017.
Apesar do erro em Silverstone, Hartley evolui a cada temporada e apresenta a combinação ideal entre velocidade e consistência, vista neste ano em provas como Nürburgring, Austin, México e Xangai. Com apenas 27 anos e em franca ascensão, Hartley pode se consolidar como um dos grandes nomes da história das corridas de longa duração.
Como Hartley, di Grassi encerrou a terceira temporada no WEC mostrando-se na melhor forma desde a estreia no campeonato. O duelo com Buemi em Spa-Francorchamps foi um dos pontos altos da temporada. A ultrapassagem na Blanchimont, colocando rodas na grama, foi de tirar o fôlego e uma amostra do comprometimento e da confiança que o brasileiro demonstrou em toda a temporada.