O piloto francês acumula oito vitórias em Monte Carlo ao longo de três décadas, triunfando com cinco montadoras distintas

Na semana passada, o heptacampeão Sébastien Ogier abriu a temporada 2021 do Campeonato Mundial de Rali (WRC) vencendo o Rali de Monte Carlo pela oitava vez, passando a ser o maior vencedor da história do evento. E para o francês, essa marca é algo que o deixa orgulhoso, já que ele passa a ser um recordista em Mônaco assim como seu ídolo no esporte, o brasileiro Ayrton Senna.

O piloto de 37 anos conquistou esse feito com cinco montadoras diferentes ao longo de três décadas diferentes. Tudo começou ainda em 2009, correndo com a Peugeot no Intercontinental Rally Challenge. As outras oito já foram no WRC, com Volkswagen, Ford, Citröen e Toyota.

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O triunfo de 2021 em Mônaco também garantiu a 50ª vitória ao lado de Julien Ingrassia na principal categoria do rali mundial.

As ruas do Principado também foram palco de grandes momentos da carreira de Senna, que venceu seis vezes o GP de Mônaco da F1 entre 1987 e 1993. E Ogier fez questão de traçar um paralelo entre as duas conquistas.

"É um dia especial com esses números, mas os recordes não são algo que realmente corremos atrás. Como competidor, eu vou atrás da vitória em todos os eventos que participo".

"Esse lugar sempre foi único para mim, por muitos motivos. Meu ídolo no esporte era Ayrton Senna e ele ainda tem o recorde aqui, e me sinto mais próximo dele ao fazer meu próprio recorde. Fico muito orgulhoso disso".

"Ouso dizer que essa vitória me torna um dos maiores de Mônaco, sim. Definitivamente tenho uma boa relação com esse rali. Provavelmente ter nascido nos Alpes me ajuda a ter essa conexão com as montanhas, com as condições de inverno que enfrentamos aqui".

"Esse é o rali que me fez sonhar em ser um piloto um dia. É o rali que eu via quando era criança e, desde então, eu sonhava em ter a chance de pilotar aqui. Colecionar oito troféus desse rali é algo que nunca imaginava que poderia acontecer e fico muito orgulhoso disso".

Um problema nos freios durante o primeiro dia e um furo no pneu e rodada na sexta foram os únicos problemas que o piloto da Toyota teve que enfrentar, em um evento que foi bastante reduzido por conta da Covid-19.

Ogier levantou o troféu com uma margem confortável de 32s6 de vantagem para seu companheiro de Toyota Elfyn Evans e o navegador Scott Martin.

"Reagimos rapidamente para voltar à luta e não é todo dia que você vê umas diferenças de tempo como essas nos estágios [por conta nos novos pneus]. Claro, estou feliz em vez que pude fazer a diferença".

Com isso, Ogier sai de Mônaco com nove pontos de diferença para Evans. A próxima etapa do WRC será realizada em 26 a 28 de fevereiro, com uma nova edição do Rali Ártico da Finlândia.

Ayrton Senna, McLaren MP4-4 Honda

Photo by: Rainer W. Schlegelmilch

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