F1: Diretor da Mercedes explica 'sofrimento' no Bahrein e dá 'prazo' para equipe voltar ao topo
Escuderia teve dificuldades na abertura da temporada 2022 e passou longe de brigar pela vitória contra as rivais Ferrari e Red Bull
James Allison, diretor técnico da Mercedes, explicou o porquê das dificuldades que a equipe sofreu no no GP do Bahrein de Fórmula 1: o W13 foi levantado do chão para tentar reduzir o porpoising em linha reta e a perda de downforce. Segundo o britânico, a equipe vai encontrar a solução definitiva "em duas ou três corridas" para voltar ao topo do grid.
De fato, a fabricante alemã foi a grande decepção de Sakhir, mesmo que no final tenha somado pontos com o terceiro lugar de Lewis Hamilton e o quarto de George Russell, o que os colocou em segundo no mundial de construtores.
Os 27 pontos de vantagem sobre a Red Bull não devem distrair a equipe dos problemas que o W13 revelou em sua estreia. A Mercedes sempre foi conhecida pelo motor poderoso, e não vê-la se destacar nas velocidades máximas foi o primeiro sinal de que algo estava errado no Bahrein.
George Russell, Mercedes W13, quarto in Bahrain
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
"Acho que a maior parte disso vem do tamanho de nossa asa traseira", disse Allison. "Olhando para a seção frontal, definitivamente a de trás estava maior. O componente é um fator importante na resistência dianteira do carro e o arrasto é afeta a velocidade máxima na reta."
"Também pode haver pequenas diferenças na potência dos motores, mas no momento acho que ninguém tem a ordem hierárquica exata das unidades atuais, embora as lacunas, se houver, sejam muito pequenas na minha opinião."
Ecco la power unit M13 della Mercedes: a Sakhir è stata usata una mappa molto tranquilla
Photo by: Uncredited
A sensação é que a Mercedes não forçou os mapeamentos do motor com o objetivo de prolongar sua vida útil (isso também foi visto nas equipes clientes), e a combinação com as asas mais pesadas gerou velocidades que não estão de acordo com as expectativas das flechas de prata.
"É questionável por que usamos as asas maiores e por que não tivemos o desempenho que gostaríamos? Bem, essa é obviamente a pergunta de um milhão de dólares", comentou Allison. "No momento, temos que usar uma asa grande para nos garantir o downforce e obter o melhor tempo possível com nosso carro."
"No entanto, não está à altura do que é preciso para sermos competitivos. Esperamos melhorar o W13 rapidamente para montar asas traseiras mais leves e fazê-lo voltar a ser veloz nas retas."
Mercedes W13: i tentativi sul fondo per cercare di ridurre l'effetto del porpoising, problema ancora non risolto
Photo by: Giorgio Piola
O carro - com o formato 'mini' dos sidepods - sofre com o salto nas retas e para diminuí-lo foi necessária uma elevação da altura ao solo, perdendo carga vertical. E a compensação se deu com asas maiores.
"O porpoising é algo que afetou todas as equipes quando esta geração de carros foi à pista há apenas algumas semanas", reforçou Allison. "Os mecanismos que o causam, embora ainda não totalmente compreendidos, são bem diferentes do que os comentaristas dizem na internet e na TV. A rapidez com que cada time conseguirá resolver este problema dará uma vantagem competitiva."
"Nós sofremos com o nosso carro, especialmente quando colocamos o pacote de atualização de corrida no último teste de inverno. As 'quicadas' foram muito frequentes. No momento, tentamos controlá-las tendo que abrir mão do desempenho da máquina."
"Nas próximas semanas, esperamos encontrar soluções que nos permitam reduzir o problema. Obviamente, mal podemos esperar para trazê-las à pista. Trabalhamos duro na fábrica para encontrá-las, implementá-las, levá-las ao carro e depois aproveitar as vantagens. Queremos voltar à frente do grid."
Se a 'caminhada' para resolver os pontos fracos do W13 será longa e demorada até reencontrar o caminho das vitórias, Allison foi claro: "Bem, não estamos apenas procurando o sucesso nas corridas, queremos competir pelos campeonatos. Voltaremos rapidamente a um carro competitivo e seremos capazes de perseguir os objetivos".
"Certamente, os campeões [de construtores] chegariam vencendo os GPs, mas temos que trabalhar muito porque em Sakhir estávamos seis décimos atrás dos líderes. Na realidade, depois da pré-temporada eu temia que estivesse pior, mas a melhora que conseguimos fazer entre os testes e a primeira corrida, que talvez não fosse visível para os fãs, foi tranquilizadora."
"O nosso carro é ambicioso, alguns vão argumentar que podemos ter dado um passo maior que a perna, mas pretendemos resolver os problemas o mais rápido possível. Esperamos que nas próximas duas ou três corridas, mas de qualquer forma vamos colocar o nosso carro na frente."
I pit stop in Bahrain della Mercedes sono stati poco veloci, ma sicuri
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
Allison falou também sofre os novos pit stops da F1, que ficaram significativamente mais lentos do que nos últimos anos.
"As rodas e pneus são muito maiores e mais pesados do que os de 2021", comentou. "E essa não é a única mudança, pois o aro é padrão e consequentemente a interface entre a roda e o carro também. Não há condições para fazer um bom pit stop como antes."
"Temos que fazer o melhor que pudermos com o que temos. [No Bahrein], preferimos fazer paradas seguras para evitar perder muitos segundos com um possível erro. Agora, vamos tentar melhorar os procedimentos nos pequenos detalhes para voltar a tempos de troca mais competitivos e sem correr riscos."
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