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McLaren e Ferrari pedem que esforço para diminuir gastos continue

Novas propostas não agradaram a Red Bull, que acredita que montadoras serão beneficiadas por medidas "menos tangíveis"

Whitmarsh, Domenicali e Horner não chegam a um acordo

Sem contar com a unidade da FOTA, a associação de equipes, que perdeu Red Bull, Toro Rosso, Ferrari e Sauber no final do ano passado, os times têm tido dificuldade para negociar maneiras de cortar os gastos da F-1. que vê vantagens de montadoras ou companhias com negócios fora da F-1, mas ainda no setor automobilístico no atual acordo.

A crítica da Red Bull é que, ao cortar funcionários e controlar suas horas de trabalho dentro da fábrica da F-1, efetivamente se abre a possibilidade de engenheiros e mecânicos de outros setores de empresas como Ferrari e Mercedes trabalharem nos carros de corrida, algo que os austríacos não podem dar-se ao luxo.

O presidente da FOTA e chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, reconhece que a melhor maneira é controlar os gastos por meio de números exatos, mas pede maior apoio para continuar nesse caminho.

“Acho que o desafio de controlar gastos na F-1 é algo que, se pudermos fazer por meio de um simples número que possa ser contado, visto, sentido e tocado seria algo muito simples. Fizemos algumas dessas coisas, precisamos fazer mais, e acho que temos de continuar.”

Já Stefano Domenicali, da Ferrari, acredita que as regras de proporcionalidade, criticadas pela Red Bull, são uma parte menor do acordo de restrição de gastos.

“Isso poderia ser um fragmento do que é realmente controlado por meio dos regulamentos esportivo e técnico, porque isso, no final das contas, é o principal para que possamos considerar tangível e ver algum esforço no corte de gastos.”

Mas Whitmarsh lembra que não apenas dos grandes é feita a F-1 e há equipes do meio para o final do pelotão que vêm tendo dificuldades para captar recursos. “No momento, há equipes com dificuldades para se manter, o que nos diz que não estamos fazendo o bastante e é por isso que temos de continuar.”

Pelo menos no discurso, a Ferrari, empresa que teve em pleno momento de crise 2011 grandes resultados no campo financeiro, concorda que é preciso olhar pelas equipes em dificuldades.

“Graças a Deus nossa situação financeira é muito boa, mas sabemos que a situação da F-1 não é tão estável. Temos de colocar nossos interesses um pouco de lado para ter certeza de que possamos olhar por todos que cometem na F-1 porque é um período muito crítico.”

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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