Para Emerson, "Rush" já é um clássico, assim como "Grand Prix"
Bicampeão exalta filme que retrata a disputa pelo título de 76, entre Lauda e Hunt. Rubinho e Burti também elogiam
Além de prometer um bom entretenimento, o filme Rush – No Limite da Emoção, que estréia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros, está plenamente aprovado também por retratar fielmente o ambiente da F1. Quem garante isto são ex-pilotos da categoria, que assistiram a uma pré-estreia do filme esta semana. Para o bicampeão Emerson Fittipaldi, que acompanhou de perto a disputa entre Niki Lauda e James Hunt, a história contada no filme está de acordo com o que aconteceu naquela temporada.
“Achei o máximo, parabéns! Esse deve ser o próximo filme clássico da F1, como foi Grand Prix”, disse Emerson ao TotalRace, lembrando do famoso filme da década de 60. Emerson que pilotava já pela Copersucar-Fittipaldi naquele ano viu de perto o emocionante embate entre Lauda e Hunt. Os dois disputaram o título até a última corrida.
“Eles estão muito bem retratados no filme. O Niki, um cara super técnico, preciso, pés no chão; e o James era uma grande figura, um grande amigo, divertido, do jeito que ele é no filme. Obviamente que Hollywood exagerou um pouco a dose dos dois, por isso que é Hollywood, por isso que é filme”, observou o bicampeão.
Para Emerson, o filme retrata fielmente o esporte do qual sempre fez parte. “Acho que para o automobilismo é um filme espetacular. Traz um conceito do que era o automobilismo naquela época pra uma geração que não assistiu. Tudo isso era muito verdadeiro. E eu lembro aquela corrida que eu não larguei em Barcelona um ano antes, em 75, que morreram quatro pessoas”, disse o brasileiro, recordando do GP de Montjuic de 1975, quando Emerson se recusou a correr, alegando que os guard-rails não estavam bem fixados. Durante a corrida, o carro De Rolf Stommelen acabou alçando vôo, caiu fora da pista e matou quatro pessoas que trabalhavam na corrida – três bombeiros e um fotógrafo.
Ao contrário de Emerson, Rubens Barrichello e Luciano Burti não assistiram a temporada de 76. Rubinho tinha apenas 4 anos na época e Burti, um ano apenas. Mas os dois concordam que a história retratada no cinema mostra muito bem o ambiente do automobilismo e da F1. “O filme ficou muito próximo da realidade. Quem assistir vai gostar do espetáculo, mas também vai entender quais são os riscos do automobilismo, a paixão dos pilotos pelas corridas e pela vitória. Tem um lado muito do automobilismo no filme e isso é bacana”, disse Burti.
“Eu adorei”, elogiou Barrichello. “Achei que transmite uma sensação exata do que é ser piloto. Alguns de nossos objetivos são conturbados, mas ao mesmo tempo seguimos com a emoção. O filme mostra muito bem o que é a vida de um piloto”, resumiu Rubinho.
Para o atual piloto da equipe Medley, o filme mostrou um lado um tanto quanto duro do austríaco Niki Lauda, o que foi meio exagerado. “O filme passa um lado bem rude do Niki. Não sei se ele é exatamente assim. Sei que ele tem umas palavras duras, pois já ouvi algumas histórias, mas me trata super bem”, comentou Barrichello.
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