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Para Lewis Hamilton, ultrapassagens são como "uma ciência"

Inglês disse que estuda seus adversários para saber suas fraquezas, já Kobayashi acha que manobras ajudam na estratégia de corrida

Kobayashi e Hamilton em evento da FOTA

Como será que dois dos pilotos que melhor ultrapassam na F-1 atual se sentem quando conseguem uma manobra? Essa foi uma das perguntas que Kamui Kobayashi e Lewis Hamilton responderam em evento organizado pela FOTA (Associação das Equipes de Fórmula 1) e que contou com a participação dos fãs da categoria.

“É fantástico, provavelmente a melhor parte da corrida, quando você não está muito mais rápido que o cara na frente. Você fica colado e procurando suas fraquezas para atacar da próxima vez. É uma verdadeira ciência, eu acho. Você quer ultrapassar todos imediatamente, mas com o tempo aprende quem é mais fácil ou mais difícil de passar, então você pesa tudo isso”, revela Hamilton.

O inglês diz que, quando faz uma manobra, fica tão feliz que logo quer partir para a próxima.

“É muito, muito compensador quando você passa alguém. Não sei se vocês já me ouviram no rádio, mas fico muito animado, perguntando quem é o próximo. Quero ter aquele sentimento de novo.”

Para Kobayashi, saber ultrapassar ajuda até na estratégia de paradas de boxes.

“Comecei na F-1 com a Toyota no final de 2009. Fiz algumas manobras na última corrida e todos ficaram surpresos. Eles me perguntaram como fiz as ultrapassagens e disse que era normal! Quando seu engenheiro entende que você pode ultrapassar, ele vai lhe dar estratégias mais agressivas, o que é bom para mim.”

“É muito fácil para Kamui”, Hamilton completou. “Acho que tem a ver com quem quer assumir mais riscos. Há uma linha fina entre arriscar e passar – como mostrei nas últimas corridas. Depende da mentalidade que você tem e tenho notado que também deve ter algo a ver com a idade. Quem é mais velho começa a ficar mais lento, talvez tenha mais medo de ir rápido nas curvas de alta. Quando ataco alguém em uma curva, minha atitude agora é ‘sou jovem, não tenho nada a perder’.”

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